Prefeito afirma apoiar manifestações pacíficas e estar aberto ao diálogo

sábado, 22 de junho de 2013
por Jornal A Voz da Serra
No primeiro pronunciamento público após o histórico protesto ocorrido dia 19, que reuniu dezenas de milhares de manifestantes no centro da cidade, o prefeito Rogério Cabral (foto) concedeu entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, 21, no Salão Azul da Prefeitura. "Parabenizo o povo friburguense pelo protesto pacífico e ordeiro. As reivindicações que fizeram são as mesmas que defendemos e estamos trabalhando para atendê-las”, disse. "O povo friburguense é ordeiro e entendo que o movimento [protesto] é positivo para o município e o país”, frisou. O prefeito destacou na coletiva estar "aberto ao diálogo” com as lideranças do protesto ou com os grupos diversos que fazem parte das manifestações. Ele, inclusive, revelou que, antes do encontro com a imprensa, havia uma agenda com um grupo de manifestantes, cancelada na última hora porque, segundo Rogério, "as pessoas que participariam da reunião não estavam autorizadas a falar em nome dos manifestantes”, afirmou. "Estamos abertos para discutir [as reivindicações] para ver o que pode ser feito a pequeno, médio e longo prazos”, acrescentou. Ainda sobre os protestos populares, Rogério Cabral disse que "quando a população vai para as ruas, o político precisa ouvir”, opinou. Quando questionado pelos jornalistas sobre o desgaste da classe política, ele concordou. "A classe política está desacreditada e quando o povo vai para a rua protestar pacificamente, é muito bom, porque ajuda as coisas acontecerem”, disse, defendendo uma reforma tributária no país para corrigir o desequilíbrio na distribuição das verbas, inclusive entre "os municípios ricos e pobres”. Durante a coletiva o prefeito fez um breve relato dos primeiros meses de governo e reconheceu que existem muitos problemas a serem resolvidos. Ele voltou a criticar, veladamente, governos passados "pelas heranças de 20 anos”. "O governo está trabalhando para que as coisas aconteçam e estamos abertos ao diálogo”, reiterou. TARIFA DE ÔNIBUS - Ele respondeu a diversas indagações feitas por jornalistas e aproveitou a ocasião para reafirmar que reduzirá a tarifa de ônibus em R$ 0,10 (de 2,90 para R$ 2,80) a partir de 1º de julho. "O decreto já está pronto”, afirmou.  Segundo ele, a redução da tarifa já estava sendo estudada "há uns 15 dias” e será possível graças à Medida Provisória editada pelo Ministério da Fazenda zerando as alíquotas de PIS e Cofins do transporte público. Segundo ele, qualquer outra redução no valor da passagem de ônibus "tem que passar pela Justiça”, onde foi firmado um acordo que reajustou a tarifa em março com o comprometimento da Faol em investir em novos ônibus.     Protestos pacíficos também na Câmara   Um dia após a manifestação popular no centro da cidade, um grupo de 500 manifestantes fez novo protesto quinta-feira, 21, na porta da Câmara de Vereadores. O ato, pacífico, foi acompanhado de perto pela Polícia Militar e a Guarda Municipal. Os manifestantes, no início, pretendiam ocupar as cadeiras da assistência do Legislativo, mas como o acesso foi restringido a 120 pessoas, o grupo optou por permanecer unido nas adjacências da Casa Legislativa, gritando palavras de ordem. A sessão transcorreu normalmente e, em determinado momento, foi suspensa para que o presidente da Câmara, Márcio Damazio, conversasse com os manifestantes. Ficou acertado entre as partes que os vereadores receberiam uma comitiva na sexta-feira à tarde para discutir a realização de sessão específica para discutir as reivindicações dos manifestantes. Até o fechamento desta edição, não havia sido confirmada uma data para a sessão. Ao término da sessão, os vereadores que deixaram a Câmara a pé não tiveram nenhum problema, mas dois deles, que saíram em seus veículos particulares, foram parados pelos manifestantes. Após uma conversa pacífica, os veículos foram liberados.  
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