Preços das compras variam, mas não assustam consumidor

segunda-feira, 01 de outubro de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Preços das compras variam, mas não assustam consumidor
Preços das compras variam, mas não assustam consumidor

Toda sexta-feira os consumidores podem acompanhar em A VOZ DA SERRA o valor da cesta básica e dos principais produtos comercializados nos supermercados de Nova Friburgo. O trabalho, realizado pelo Núcleo de Pesquisa da Universidade Candido Mendes, detectou, na última sexta-feira, 28 de setembro, que o preço do tomate havia retornado à normalidade assim contribuído para diminuir o valor da cesta. Segundo a pesquisa, os valores médios totais da cesta básica ficaram, nas duas últimas semanas, abaixo dos registros dos últimos meses.
O tomate, que havia sido o vilão do aumento da cesta básica nos últimos meses, retornou ao seu preço próximo da normalidade. Considerando sua importância na mesa do consumidor brasileiro, com sua queda de mais de 50% no período, aliviou muito o preço da cesta básica. No dia 7 de setembro o produto custava R$ 6,13 o quilo, já na última semana o valor caiu para R$ 2,90.
Mas, segundo a pesquisa, outros produtos não permitiram uma queda maior no valor da cesta básica, como por exemplo, o pão francês, que aumentou 15%, o arroz, 31%, e a farinha de mandioca, 13%.

TENDÊNCIA À ESTABILIZAÇÃO
O gerente de um supermercado no centro da cidade, Ivaldo José Vidal de Carvalho Júnior, disse que a casa mantém mercadorias variadas, de forma a oferecer opções aos consumidores, independentemente dos preços, em alta, em baixa ou estabilizados. “Nós sempre damos opções para o cliente, pois os preços não dependem da gente. É uma questão de produção, se tem muita chuva e se afeta os preços dos produtos”, comenta.
No caso específico do tomate, Ivaldo aponta as chuvas como fator preponderante para o aumento do preço, pois a produção ficou prejudicada. “A oferta diminui, consequentemente o preço aumenta. Isso vale para qualquer tipo de mercadoria”, adverte. 
Quando o preço de um produto aumenta, como foi o caso recente do tomate, o consumidor se retrai e a procura diminui. O consumidor é então levado a procurar outro produto com preço melhor, ver o preço em outro supermercado ou levá-lo assim mesmo, nem que seja em quantidade menor. 
Segundo Ivaldo, os aumentos de preços já nem provocam mais tantas queixas dos consumidores atualmente, já habituados às variações da economia durante o ano. “Isso é normal. Todo ano tem essas variações. Com o leite e derivados isso também é comum na época do inverno”, observa Ivaldo, que praticamente já tem a resposta quando algum cliente reclama. 
Para o gerente os preços tendem a se estabilizar agora, dependendo das variações do clima. Ele chama a atenção que já estamos no início de outubro mas ainda faz frio, podendo haver influência na produção, principalmente na agricultura, e ainda haver alguma variação. O gerente cita que o preço do trigo já baixou, o mesmo acontece com o arroz e o feijão, cujos preços haviam aumentado em função do inverno, época do ano em que a produção agrícola é mais afetada e os preços se elevam. Mas agora vem chegando a época dos consumidores recuperarem o poder de compra. “A esperança é essa: que as coisas se estabilizem no patamar em que estão”, conclui Ivaldo.

SEM DOER MUITO NO BOLSO
A dona de casa e também funcionária de supermercado Magda Mori pode ser considerada uma privilegiada, pois pode pesquisar os preços das compras no local de trabalho. Para ela os preços estão bons e não tem do que reclamar. E não tem percebido reclamações da clientela.
Magda admite que o preço do tomate aumentou bastante nas últimas semanas, período em que evitou comprar o produto. Restou a ela e aos demais consumidores procurar outros produtos com preços mais em conta. E ela também espera que agora os preços se estabilizem.
Ailson Duarte também não tem percebido grande variação em suas compras. Apenas alguns poucos produtos. No caso específico do tomate, a opção foi comprar menos, mas não ficou sem ele, por considerá-lo essencial em sua mesa. 

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