Preço da gasolina deve sofrer reajuste ainda este ano

quinta-feira, 21 de agosto de 2014
por Jornal A Voz da Serra
Preço da gasolina deve sofrer reajuste ainda este ano
Preço da gasolina deve sofrer reajuste ainda este ano

ecentemente, o ministro da Fazenda Guido Mantega comentou sobre um provável aumento no preço da gasolina ainda este ano. Em entrevista à agência de notícias Reuters, no último dia 5, Mantega explicou que anualmente há correção nos preços do combustível e que em 2014 não será diferente. "Todos os anos tem correção do preço da gasolina. Uns mais, outros menos. Não teve nenhum ano que não teve aumento da gasolina. Essa é a regra”, disse.

No último dia 10, a presidente Dilma também se pronunciou sobre o assunto e disse que um aumento nos preços da gasolina seria possível. No entanto, ela não deu detalhes sobre quando e de quanto será o reajuste.

Segundo matéria divulgada na segunda-feira, 11, pela Reuters, a estimativa é de que o aumento seja de 5,5% a 6%, após as eleições de outubro. O motivo do aumento, alegado pela Petrobras, é a necessidade de reduzir a defasagem entre os valores dos produtos cobrados no país em relação aos preços praticados no exterior.

O último reajuste foi em novembro do ano passado, quando a Petrobras anunciou aumento médio de 4% da gasolina e de 8% no diesel nas refinarias. Na ocasião, especialistas calcularam que a alta seria de 3% ao consumidor final.

Combustível em Nova Friburgo

Em Nova Friburgo, a média de preço da gasolina comum é de R$ 3,00, enquanto o preço da gasolina aditivada gira em torno de R$ 3,20. Com o novo aumento, o que já estava difícil para o consumidor promete piorar. Quem já vinha sentindo o peso no bolso, agora, se quiser continuar utilizando o carro, vai ter que separar uma quantia ainda maior para gastos com o combustível.

É o que conta Ana Fortuna, de 29 anos, que garante não ter intenção de diminuir o uso do carro que, para sua família, é indispensável. "Tudo aumenta e aumenta muito. Mas, a gente precisa usar o carro, pois o transporte público em Nova Friburgo não é bom. Com certeza, o reajuste da gasolina vai doer no bolso, só que não tem como evitar porque onde eu moro não passa ônibus. Eu uso o carro por necessidade; pra levar minha filha para a escola, para ir trabalhar”, disse.

Para o taxista, Nilson Búrque, não se tem como fugir do aumento do combustível e a saída é repassar o custo para o consumidor. "Mesmo a gasolina aumentando, pra gente, é mais vantagem utilizar ela do que o álcool, já que com este perdemos em quilometragem. Se o álcool fosse, pelo menos, um real mais barato do que a gasolina eu o utilizaria, mas como não são nem cinquenta centavos de diferença, não vale a pena”, falou. "De qualquer forma, o aumento é ruim porque quem paga, na verdade, é o passageiro. Temos que cobrar um valor mais caro pela viagem, em virtude dos aumentos de preço do combustível, do pedágio”, acrescentou.

Opinião não muito diferente tem o motorista Marco Antônio Mury, 45. "Para as pessoas que realmente dependem todos os dias do veículo fica pesado no fim do mês. Eu mesmo vou sentir muito a diferença. Com esse trânsito do jeito que está, mais o aumento da gasolina, sinceramente, eu acho que é melhor andar a pé”, riu.

Uma boa opção para abastecer o carro e reduzir os gastos, portanto, continua sendo o GNV (Gás Natural Veicular). Apesar de mais barato, conforme divulgado em A VOZ DA SERRA em 23 de julho deste ano, há poucos veículos convertidos para este tipo de combustível em Nova Friburgo e apenas um posto faz o abastecimento a gás no município.

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