O segundo tempo das apresentações pelo Dia da Cultura (transcorrido quinta-feira, 5) aconteceu durante toda a tarde de domingo, 8. Entraram em campo a banda da Oficina-Escola, a turma do hip-hop do Ponto de Cultura de Olaria, o jazz e sapateado do colégio Nossa Senhora das Mercês, o coral da Igreja Presbiteriana Central, a dança do ventre do Centro de Convivência da Melhor Idade e a banda Campesina Friburguense. O secretário municipal de Cultura, Roosevelt Concy, como um técnico, acompanhou todo o movimento, desde o pontapé inicial até a hora em que o apito final foram os primeiros pingos de chuva, interrompendo o concerto da Campesina que, além do Hino de Nova Friburgo, só conseguiu executar um número.
Assessores da Secretaria Municipal de Cultura também atuaram durante o espetáculo. É o caso de Elizabeth Vertuli, coordenadora do evento de domingo, Maryland Schittino e Mário José Bastos Jorge (Marinho). Apesar de estarem trabalhando, vibraram como o pessoal das arquibancadas, armadas junto ao coreto da praça. Todos os espetáculos previstos foram realizados, mostrando toda a rica diversidade cultural de Nova Friburgo, e os artistas foram muito aplaudidos.
E a equipe da Secretaria Municipal de Cultura assumiu o compromisso de popularizar a arte, levando-a à Praça Getúlio Vargas, inclusive como parte do resgate do principal espaço público da cidade, no que conta com todos os demais setores do governo municipal. É ali na praça que integrantes de todas as expressões culturais do município passarão a mostrar do que são capazes.
Foi o que fizeram no domingo os instrumentistas e corpo coreográfico da banda da Oficina-Escola, que somam 64 integrantes. Eles fazem com que a música e a dança se entrosem. E olha que são mais de 140 alunos nos diversos cursos musicais da Oficina-Escola. A apresentação do hip-hop, com jovens do Ponto de Cultura de Olaria, também agradou o público presente à praça. Crianças do Colégio Nossa Senhora das Mercês foram igualmente aplaudidas em sua apresentação de jazz e sapateado, que encantou a plateia. Como arte e cultura não têm idade, após as crianças apresentaram-se o coral da Igreja Presbiteriana e as mulheres do Centro de Convivência da Melhor Idade com dança do ventre, sob a orientação da professora Fátina Uraeus. O evento foi encerrado com a banda Campesina Friburguense, que não pôde contemplar o público com todo o programa preparado porque os primeiros pingos de chuva obrigaram o cancelamento do concerto logo no primeiro número.
Além disso, perto dali, no Friburgo Shopping, foi encerrada a exposição de artesanato com artesãos da cidade. E um evento poético foi realizado em Amparo, envolvendo alunos das escolas municipais. Isto, de acordo com Elizabeth Vertuli, foi só o início de uma proposta de levar a arte e a cultura a todos os bairros e distritos de Nova Friburgo.
A arte contra o ócio
Na realidade, a Praça Getúlio Vargas e seu coreto estavam ociosos. E dentro do processo de resgate, que o secretário Roosevelt chamou de a Praça é Nossa, a proposta é devolvê-la a seus verdadeiros donos: os cidadãos, o povo. Até porque a praça foi construída com o propósito de ser o principal espaço de sociabilidade da cidade.
Porém Roosevelt garante que a praça só voltará a ter todo o seu charme e glamour à medida em que for reocupada com atividades voltadas para a população. E a cultura bem provavelmente é o ponto de partida dessa reaproximação. O secretário observou que na quinta-feira e no domingo o cenário já era outro: as famílias estavam na praça, crianças, jovens e idosos.
E com esse pensamento a Secretaria de Cultura está patrocinando as chamadas interferências culturais, com todas as manifestações existentes. E o povo vai sendo surpreendido, vai se chegando e mesmo que não assista a tudo por todo o tempo, começa a voltar a frequentar a principal praça da cidade. De acordo com o secretário de Cultura, a meta é fazer essas interferências culturais uma vez por mês a partir de 2010, com o objetivo de proporcionar um dia diferente com o que Nova Friburgo tem de melhor, que artistas e instituições mostrem seu valor em praça pública.
Roosevelt ressalta que o trabalho de incentivo à arte e cultura e de resgate da Praça Getúlio Vargas conta com as demais secretarias municipais, inclusive de Esportes, sem esquecer a Ordem Urbana. E os artistas e grupos que queiram mostrar sua arte podem procurar a Secretaria de Cultura. “Este é o objetivo: trazer a arte e a cultura para a rua, para que as pessoas possam conhecer, e conhecendo sensibilizem aqueles que não conhecem e não tenham proximidade com esses movimentos e possam começar a participar, vendo, prestigiando e aplaudindo os artistas friburguenses”, encerrou o secretário.
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