Dalva Ventura
Um dos lugares mais movimentados da cidade, a Praça Marcílio Dias ou, simplesmente, Paissandu, bem na entrada da cidade, parece um primor de conservação. Vista de fora, ostenta canteiros muito bem-cuidados e floridos, uma graça. Tudo fachada. A praça em si está em péssimo estado.
Mas nem é por isso que está sempre vazia. Se fosse assim, todas ou quase todas as pracinhas de Nova Friburgo estariam do mesmo jeito. O principal problema é mesmo a dificuldade de acesso. É difícil atravessar a rotatória que, aliás, é uma das mais movimentadas da cidade. Por incrível que pareça, ali só tem um sinal, próximo à banca (de jornais) do Marinho, na direção de quem segue do viaduto ao Centro. Ao redor da praça, atravessar a rua representa um risco e tanto, pois não há nenhum redutor de velocidade e o trânsito é intenso. Há que se encontrar uma forma de resolver este impasse. Afinal, para que serve uma praça se a mesma não tiver qualquer utilidade como espaço de convivência, recreação e lazer?
Com tantos problemas, a pracinha do Paissandu é quase um deserto durante o dia. E, durante a noite fica na escuridão, o que representa um convite ao vandalismo e à marginalidade. Não podia dar outra. A falta de conservação associada ao vandalismo conseguiu tornar o Paissandu uma praça inútil. Que pena!

O coreto ali existente e que poderia ser utilizado para
apresentações culturais transformou-se em abrigo de moradores de rua

Não são dois ou três. O difícil é encontrar
um vaso de planta em perfeito estado

Os muros, postes e paredes da praça estão cobertos de pichações

Mas, ressaltemos, nem tudo é culpa do governo. A população
também não colabora ao jogar lixo em seus lindos canteiros
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