Manifestantes LGBT pretendem realizar um protesto nesta sexta-feira, 22, em Nova Friburgo, contra a decisão da Justiça Federal do Distrito Federal que liberou, no fim da última semana, psicólogos a tratarem gays e lésbicas como doentes. Com lema o “Amar não é doença”, o ato convocado por um grupo LGBT vai acontecer às 17h, em frente ao Centro de Turismo, na Praça Dermeval Barbosa Moreira. Saiba mais em http://bit.ly/2xkkwDi
A decisão do juiz Waldemar Cláudio de Carvalho é liminar e atende parcialmente ao pedido de uma ação popular de psicólogos que querem fazer terapias de “reversão sexual” sem sofrerem qualquer tipo de censura por parte dos conselhos de classe. Esse tipo de tratamento é proibido desde 1999 por uma resolução do Conselho Federal de Psicologia. O órgão disse que vai recorrer.
Uma das autoras da ação popular que questiona a resolução é a psicóloga Rozângela Alves Justino, que oferecia terapia para que gays e lésbicas deixassem de ser homossexuais. Ela foi punida em 2009 pela prática. Rozângela considera a homossexualidade um distúrbio, provocado principalmente por abusos e traumas sofridos durante a infância.
Na resolução 01/1999, o conselho estabelece as normas de condutas dos psicólogos no tratamento de questões envolvendo orientação sexual. Segundo órgão, ela trouxe impactos positivos no enfrentamento a preconceitos e proteção de direitos da população homossexual no país, que apresenta altos índices de violência e mortes por LGBTfobia.
Para o Conselho Federal de Psicologia, terapias de reversão sexual representam “uma violação dos direitos humanos e não têm qualquer embasamento científico”. Desde 1990, a homossexualidade deixou de ser considerada doença pela OMS, a Organização Mundial da Saúde.
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