Se em números a campanha do time de juniores do Friburguense deixou um gosto de quero mais, a missão de apontar novos talentos para brilhar em breve entre os profissionais parece ter sido cumprida. A segurança do goleiro Jorge Luiz e o senso de oportunidade de Lohan são exemplos de frutos que o técnico Gerson Andreotti poderá colher já na disputa da Copa Rio, a partir de 26 de agosto.
Os comandados de Luiz Mendonça terminaram a Taça Rio na 14ª colocação, com 11 pontos conquistados. Foram três vitórias, dois empates e dez derrotas. Vinte e cinco gols marcados e 35 sofridos. Na avaliação do treinador, apesar dos números aquém do planejado, foi possível observar uma evolução do Friburguense durante a competição.
“Como treinador, eu esperava melhores resultados. Nós perdemos muitas partidas, mas tivemos uma melhora no segundo turno, mesmo sem pontuar muito. Houve uma entrega maior. Sofremos muitas goleadas de times grandes no primeiro turno, e até mesmo do Bangu. No segundo, perdemos de quatro para o Botafogo, mas fizemos dois gols e jogamos bem. Da mesma forma aconteceu contra o Fluminense e o Flamengo. Cedemos a vitória para eles. Contra o próprio Vasco, chegamos a estar em vantagem e perdemos numa falha individual. Eu esperava muito mais em termos de números, mas temos que ressaltar que o Friburguense é um clube formador. Tentamos revelar alguns bons valores para o clube. O principal objetivo é esse.”
Dentro desse contexto de revelar jogadores, o Friburguense pode dizer que o saldo é positivo. Além de Lohan, autor de 23 gols na competição, dois jogadores chamaram a atenção de grandes clubes da capital e atualmente estão no Flamengo: o lateral direito Rodrigo e o atacante Jarles.
“Mesmo com a campanha ruim, temos o Lohan brigando pela artilharia e dois dos nossos jogadores foram para o Flamengo. Isso me deixa feliz. Se eles vão ficar lá é outra questão, e terão essa experiência. Dos juniores, além deles, tivemos o goleiro Jorge, o Lohan e alguns jogadores do juvenil. Vou ser ousado e dizer que não será surpresa se eles aparecerem entre os profissionais. O volante Rafael, o Alanderson, o João Victor são nomes que vão ganhar espaço”, aposta.
Luiz Mendonça, inclusive, revela que vai propor à comissão técnica profissional a inserção desses valores do juvenil no elenco profissional durante os treinamentos. “Você consegue integrar o jogador, e fazê-lo sentir que o profissional não é tão distante.”
O próximo desafio do Friburguense na categoria deve ser a disputa do Torneio Otávio Pinto Guimarães, o OPG. Luiz Mendonça já pensa na competição, e revela que deve misturar jogadores da equipe juvenil com os destaques dos juniores para montar a base que disputará a competição.
“Se realmente disputarmos o OPG, acho que poderemos apostar na mescla entre juniores e juvenil. Pesamos na balança os prós e contra. Não podemos ficar com o jogador por amizade, e sim, pelo o que ele pode apresentar e render. O Friburguense é um clube profissional. Fizemos essa avaliação e já apontei alguns jogadores que não devem voltar. Vamos colocar a garotada do juvenil, sem medo da questão da idade. Se taticamente, fisicamente e tecnicamente ele obedece, não existe impedimento. Ninguém quer fazer uma campanha ruim, mas quando o objetivo é formar um atleta e um cidadão, a satisfação é legal. Mesmo sem apresentar grandes resultados numéricos, o fato de conseguir revelar dois ou três jogadores por temporada já satisfaz.”
Deixe o seu comentário