Por 14 votos a 6, Câmara rejeita abertura de impeachment de Bravo

Por maioria dos votos, processo que acusava prefeito de improbidade administrativa é arquivado
quarta-feira, 22 de maio de 2019
por Jornal A Voz da Serra
O prefeito Renato Bravo: livre de processo de impeachment na Câmara (Arquivo AVS)
O prefeito Renato Bravo: livre de processo de impeachment na Câmara (Arquivo AVS)

Por 14 votos a seis, a Câmara de Nova Friburgo rejeitou na noite desta terça-feira, 21, o pedido de abertura de comissão processante para investigar o prefeito Renato Bravo acusado improbidade administrativa. Se a denúncia tivesse sido aceita, o processo poderia culminar no afastamento e impeachment de Bravo.

Votaram a favor do pedido de abertura da comissão processante os vereadores Dr. Luis Fernando, Zezinho do Caminhão, Marcinho do Alto, Johnny Maycon, Wellington Moreira e Cascão.

Já os vereadores que votaram contra foram Professor Pierre, Isaque Demani, Alcyr Fonseca, Norival Espíndola, Vanderleia Abrace essa Ideia, Carlinhos do Kiko, Joelson do Pote, Luiz Carlos Neves, Márcio Damazio, Nazareth Catarina, Alexandre Cruz, Nami Nassif, Janio Carvalho e Aylter Maguila (que substituiu Christiano Huguenin). Naim Pedro não compareceu à sessão por questões de saúde.

A sessão durou mais de cinco horas e analisou todo o documento apresentado pelo advogado Deivison Ramos de Abreu, autor da denúncia. Durante a votação, os vereadores destacaram que a denúncia apresentava apenas indícios e nenhum fato concreto que configurasse improbidade administrativa.

No documento, o advogado apontava “atos lesivos” à saúde do município e prejuízos a recursos financeiros públicos. Deivison Ramos de Abreu também denunciava a dispensa de licitações e questiona o número de contratos emergenciais firmados pelo Executivo.

“Em 2018 tivemos uma verdadeira 'farra' de contratos que, somados, chegam ao valor de R$ 12.600 milhões; gastos em contratos sem licitação firmados pela Prefeitura de Nova Friburgo de acordo com dados do Portal da Transparência do município", dizia trecho da denúncia agora arquivada.

O documento protocolado tinha 53 páginas, relatava problemas na área da saúde e questiona gastos divulgados pelo município com um pacotão de obras no valor de R$ 25,8 milhões. A Câmara já apura contratações emergenciais na saúde em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em andamento.

 

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