Com previsão inicial de serem concluídas ainda este mês, as quatro pontes metálicas para travessia de pedestres no distrito de Conselheiro Paulino só deverão ser entregues à população em 2020. Apesar de ainda ter muito trabalho a ser feito, A VOZ DA SERRA esteve no local na manhã da última terça-feira, 17, mas não encontrou nenhum funcionário trabalhando.
As pontes metálicas começaram a ser instaladas sobre o leito do Rio Bengalas no início de setembro, quando o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) montou um esquema especial no trânsito do distrito para minimizar os transtornos aos motoristas na movimentada Avenida Governador Roberto Silveira. As interdições duraram dois dias, quando as equipes fizeram a remoção das pontes antigas de concreto e a instalação das novas estruturas metálicas.
Polêmicas desde o início das obras
Antes mesmo do início dos trabalhos, a substituição das pontes já causava desconfiança em moradores da localidade. As principais queixas, a princípio, eram quanto à necessidade da intervenção, já que para a população, as pontes de concreto não apresentavam problemas e poderiam continuar sendo usadas normalmente sem gerar mais custos para o Governo do Estado do Rio. Depois de instaladas, a desconfiança era quanto a altura das pontes, que exigiam a construção de uma escada ou uma rampa para que pudessem ser acessadas pelos pedestres devido ao desnível em relação à calçada.
Após quase três meses da instalação das novas travessias de pedestres, as rampas de acesso ainda precisam ser finalizadas, pois já que do jeito que estão, tomaram todo o espaço da calçada e obrigam os pedestres a passar pelo acostamento disputando espaço com veículos. O assunto já havia sido abordado por A VOZ DA SERRA na edição de 25 de setembro, após inúmeras reclamações de leitores. “Como um cadeirante ou alguém com carrinho de bebê farão para passar por aqui?”, observou uma leitora, na ocasião.
No entanto, essas não são as únicas reclamações. A segurança também está sendo questionada. Isso porque, apesar de novas, as pontes (pelo menos por enquanto) não contam com grades de proteção lateral. Enquanto a obra não foi finalizada, tapumes de madeira estão sendo improvisados.
Por que substituir as pontes?
Segundo o Inea, estão sendo substituídas quatro travessias de pedestres e três pontes ao longo do Rio Bengalas, no distrito de Conselheiro Paulino. As intervenções fazem parte das ações de controle de inundações, drenagem e recuperação ambiental do Rio Bengalas. As intervenções vão custar R$ 17 milhões. “A substituição de travessias e pontes visa remover estreitamentos da calha, melhorar o escoamento das águas do rio e garantir a eficiência das obras já realizadas no corpo hídrico”, informou o Inea, em nota, no final de agosto à redação de A VOZ DA SERRA.
Nossa equipe entrou em contato novamente com a assessoria de comunicaçãodo Inea para saber qual a previsão definitiva para a entrega das pontes e o que será feito nos acessos às travessias, mas até a atualização desta notícia, ainda não havíamos obtido resposta.
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