Pontes de Conselheiro: obra só deve terminar em março

Inea reconhece atraso, mas nega que trabalhos estejam parados
segunda-feira, 23 de dezembro de 2019
por Fernando Moreira (fernando@avozdaserra.com.br)
As obras em Conselheiro (Fotos: Henrique Pinheiro)
As obras em Conselheiro (Fotos: Henrique Pinheiro)

Após a publicação da reportagem que denunciou o atraso do cronograma das obras de instalação de quatro pontes metálicas para a travessia de pedestres, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) entrou em contato com A VOZ DA SERRA para responder os questionamentos feitos na matéria publicada na edição da última quinta-feira, 19.

Conforme noticiado com exclusividade, na última terça-feira, 17, nenhum funcionário foi visto trabalhando no local. No entanto, o Inea informou em nota que “havia equipe trabalhando nesta data. A mesma estava mobilizada e realizando o serviço de demolição das vigas de concreto armado, para posterior envio ao local de destinação final dos resíduos da obra”.

O órgão fez questão de reforçar que a obra não está paralisada, porém, “algumas atividades serão suspensas no período festivo de 23/12/2019 a 05/01/2020 e retomadas a partir de 06/01/2020, de acordo com calendário da empresa contratada”. 

Como o prazo inicial de conclusão da obra para este mês, o Inea acabou reconhecendo o atraso no cronograma das obras, e disse que “as intervenções referentes às passarelas de pedestres estão com término previsto até março de 2020”.

Já com relação à construção das rampas de acesso às pontes, que tomaram todo o espaço da calçada, obrigando os pedestres a passarem pelo acostamento, o Inea esclareceu que “as rampas serão concluídas após a execução dos serviços de contenção das margens do Rio Bengalas”.

Instalação das pontes

As pontes metálicas começaram a ser instaladas sobre o leito do Rio Bengalas no início de setembro. No entanto, antes mesmo do início dos trabalhos, a intervenção já causava desconfiança em moradores da localidade. As principais queixas, a princípio, eram quanto à necessidade das substituições, já que para a população, as pontes de concreto não apresentavam problemas e poderiam continuar sendo usadas normalmente, sem gerar mais custos para o governo do Estado do Rio.

Depois de instaladas, a desconfiança era quanto à altura das pontes, que exigiam a construção de uma escada ou uma rampa para que pudessem ser acessadas pelos pedestres devido ao desnível em relação à calçada.

Após quase três meses da instalação das novas travessias de pedestres, as rampas de acesso ainda precisam ser finalizadas, já que tomaram todo o espaço da calçada. O assunto foi abordado por A VOZ DA SERRA na edição de 25 de setembro, após inúmeras reclamações de leitores. “Como um cadeirante ou uma pessoa com carrinho de bebê farão para passar por aqui?”, observou uma leitora, na ocasião.

Por que substituir as pontes?

Segundo o Inea, as intervenções fazem parte das ações de controle de inundações, drenagem e recuperação ambiental do Rio Bengalas e vão custar R$ 17 milhões ao governo do Estado. 

“A substituição de travessias e pontes visa remover estreitamentos da calha, melhorar o escoamento das águas do rio e garantir a eficiência das obras já realizadas no corpo hídrico”, informou o Inea, em nota, no final de agosto à redação de A VOZ DA SERRA.

 

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