Leonardo Lima
Ao passar pelas praças Dermeval Barbosa Moreira e Getúlio Vargas, é comum deparar-se constantemente com pessoas alimentando as centenas de pombos que se aglomeram nas árvores, no chão, ou até mesmo sobre os prédios ao redor. Ao mesmo tempo em que essas pessoas demonstram solidariedade alimentando os pombos, contribuem para a proliferação da espécie, que causa uma série de danos ao ser humano.
O pombo comum, também conhecido como pombo doméstico ou pombo das rochas, é uma ave bastante frequente nas áreas urbanas. Sua origem é asiática e há imagens que os representa na Mesopotâmia, datadas de 4.500 anos a.C.. Eles se alimentam de sementes, frutas, grãos e de qualquer resto de alimento que encontrem, inclusive alguns resíduos. Curiosamente, não há nenhum predador destes animais nos grandes centros e, como sua reprodução é rápida, causa um grave problema ambiental.
Além de competir por alimento com outras espécies nativas e danificar monumentos históricos, esta ave pode transmitir doenças, como a criptococose, pela inalação da poeira contendo fezes secas do animal, que compromete o pulmão, o sistema nervoso central e pode causar alergias, micose e até meningite; a salmonelose, contraída através da ingestão de ovos e carnes contaminadas por uma bactéria também presente nas fezes dos pombos, que gera infecção alimentar; dermatites, causadas pelos chamados piolhos de pombos, que provocam erupções na pele, além de coceiras no corpo e alergias ocasionadas pela inalação de penugens, que podem causar rinite e bronquite.
Alguns métodos podem evitar a presença desses animais, como: não alimentá-los; consertar falhas em estruturas que permitam a construção de ninhos; vedar as bordas entre os telhados e lajes para impedir o acesso dos pombos; e construir parapeitos com alguma inclinação, já que eles normalmente não pousam em superfícies inclinadas.
Embora o problema seja notório, ainda não existem políticas públicas para controle da população de pombos e nem mesmo medidas preventivas para que seja evitado o contágio de doenças causadas por eles. Assim sendo, a conscientização é o melhor caminho para, pelo menos, amenizar o problema.
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