Eles são bonitinhos, fofos, encantadores. Estão sempre em bando nas praças, rodeando as pessoas sentadas nos bancos. Eles sabem que é dali que sairão punhadinhos de canjiquinha, bolinhas de miolo de pão, entre outros petiscos. Tá tudo errado, especialistas condenam tal prática. Enfim. Assim como os humanos, esses animais precisam de três coisas para sobreviver: água, alimento e abrigo. É justamente esse tripé que os traz para as praças, para perto das pessoas, já que elas são as suas principais, digamos, provedoras. Deles recebem alimentos, encontram poças de água, chafarizes e abrigo, em ninhos nos telhados, forros, caixas de ar-condicionado, torres de igrejas e marquises.
Quer dizer, eles estão adaptados às cidades, se sentem “em casa”. Por serem engraçadinhos e considerados símbolos da paz, as pessoas não resistem a cuidá-los, mesmo sabendo que não devem. Inclusive, sem nenhum critério, dão até pipoca, um alimento, entre outros, como o pão, totalmente inadequado: prejudica a saúde deles, inclusive vicia. Como dificilmente são caçados por outros animais, sua população cresce rápido e esse aumento tornou-se um grave problema de saúde: podem ser a causa de várias doenças graves (que podem levar à morte ou deixar sequelas). Aqui estão algumas razões para você repensar a sua maneira de se relacionar com os pombos.
Doenças
- Salmonelose: doença infecciosa provocada por bactérias. A contaminação ao homem ocorre pela ingestão de alimentos contaminados com fezes animais;
- Criptococose: doença provocada por fungos que vivem no solo, em frutas secas, em cereais e nas árvores, e isolados nos excrementos de aves, principalmente pombos;
- Histoplasmose: doença provocada por fungos que se proliferam nas fezes de aves e morcegos. A contaminação ao homem ocorre pela inalação dos esporos (células reprodutoras do fungo);
- Ornitose: doença infecciosa provocada por bactérias. A contaminação ao homem ocorre pelo contato com aves portadoras da bactéria ou com seus dejetos;
- Meningite: inflamação das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.
Medidas de controle
- Retire ninhos e ovos;
- Umedeça as fezes dos pombos com desinfetante antes de varrê-las;
- Utilizar luvas e máscara ou pano úmido para cobrir o nariz e a boca ao fazer a limpeza do local onde estão as fezes;
- Vede buracos ou vãos entre paredes, telhados e forros;
- Coloque telas em varandas, janelas e caixas de ar-condicionado;
- Não deixe restos de alimentos que possam servir aos pombos, como ração de cães e gatos;
- Utilize grampos em beirais para evitar que os pombos pousem;
- Acondicione corretamente o lixo em recipientes fechados;
- Nunca alimente os pombos.
É importante controlar a população dos pombos nas áreas urbanas para que eles procurem locais adequados para viver, com alimentação correta e longe dos perigos dos centros. Um pombo na cidade vive em média quatro anos, enquanto que em seu ambiente natural pode chegar até 15 anos.
Deixe o seu comentário