Polos de moda do Rio de Janeiro encerram Rio-À-Porter com resultados positivos

segunda-feira, 13 de junho de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Para divulgar a capacidade criativa e produtiva da indústria de moda do estado do Rio de Janeiro e promover o desenvolvimento sustentável deste setor, o Sistema Firjan apoiou, através do Senai Moda e Design, a participação de micro e pequenas empresas no Rio-À-Porter, salão de negócios de Moda e Design do Fashion Rio, que aconteceu entre os dias 30 de maio e 2 de junho, no Píer Mauá.

As coleções regionais dos 13 polos de moda foram apresentadas para compradores e lojistas de todo o Brasil e do exterior. O resultado em negócios foi positivo. No Polo de São Cristovão, no Rio de Janeiro, a Preserve comemorou a entrada de seus produtos em Belém, no Pará, e em cidades do interior de Minas Gerais e de São Paulo. Já a Forester, que cresce cerca de 30% ao ano, continua ampliando sua carteira de clientes. A empresa fechou negócios com multimarcas de Mato Grosso e do Litoral Fluminense, mercados em que ainda não tinha atuação. Ela também recebeu a visita de compradores dos Estados Unidos, o que pode ser a primeira oportunidade de exportação dos produtos da marca.

 O Polo Sul Fluminense vendeu 15% a mais que na última edição. A Maria Fia, marca de bijuteria, fechou pedido com um comprador do Japão. Camurça, linhas, fitas, correntes entram na composição das bijuterias, que são feitas por meio de processos artesanais e industriais. A marca também já exporta para Bélgica e Peru, contatos feitos em edições passadas do Rio-À-Porter. Já a Penduricalho fechou pedido com um comprador de Dubai, que se interessou pelas bolsas de palha feitas a mão, produzidas pela marca.

 Daniela Curvelo, do Polo de moda de Niterói, fechou pedido com compradores do Peru. Os brincos, exclusivos e feitos com produtos nacionais, como a palha, conquistaram os clientes. A Kissmet, marca de moda feminina, também do polo de Niterói, participou pela primeira vez da feira. Devido à visibilidade que o evento proporciona, diversos contatos foram feitos durante o salão de negócios e pedidos negociados.

 A Mix Atelier, do Polo de Itaperuna, fez bons negócios durante os quatro dias de feira e fechou pedido com Nova Zelândia, Dubai e França. A marca faz acessórios artesanais e utiliza somente materiais recicláveis, como tear e lona.

 A região serrana também marcou presença no Rio-À-Porter. O Polo de Nova Friburgo, que participou da feira com o objetivo de divulgar a retomada da região e não com foco em realizar negócios, teve seu objetivo cumprido. Diversos contatos com compradores foram efetuados, além da divulgação da Satélite Fevest, tradicional evento de moda íntima, fitness e praia, que irá acontecer em Nova Friburgo, de 27 a 30 de junho.

O Polo Moda Rio, representado pelas marcas Tristar e Colina Bolsas, comprovou que é possível fazer uma moda sustentável. De acordo com representantes das marcas, o público demonstrou ótima aceitação dos produtos. Contatos com clientes de outros países — como dos Estados Unidos — foram feitos. A grande diferença do Polo é o uso do jeans orgânico (o algodão não leva agrotóxico) e a reutilização de sobras de tecidos, que são transformados em novos produtos, com bolsas, vestidos e saias.

A Metal e Cia, do Polo de Calçados e Acessórios, vendeu 3.500 peças, 50% a mais que na última edição do Rio-À-Porter. Já a marca de bijuterias Zóia fechou parceria com a Totem, grife que desfilou no Fashion Rio. A marca aposta na transformação de objetos. Elástico de dinheiro, saco de pão, mangueira e cápsulas de Nespresso são transformados em acessórios, como brincos, colares e anéis.

Para o Polo de Cabo Frio a edição de verão do Rio-À-Porter representa a maior oportunidade de negócios. Foram feitas vendas para os Estados Unidos e países da Europa. De acordo com os empresários, o grande trunfo são os biquínis menores, que parecem já ter conquistado o mercado internacional.

 

Os Polos

O estado conta com 13 polos de moda (Cabo Frio . Calçados e Acessórios . Campos. Friburgo . Itaperuna . Joia Carioca . Moda Carioca . Moda Rio . Niterói . Petrópolis. São Gonçalo . Sindtêxtil . Social Carioca . Sul Fluminense) e cerca de quatro mil empresas de confecção. O setor gera 55 mil empregos na indústria, além de 90 mil empregos indiretos em toda a cadeia produtiva. Além disso, a indústria têxtil, de calçados e joias somam cerca de 600 empresas e geram mais de 10 mil empregos em todo o Estado.

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