Leonardo Lima
Na tarde da última terça-feira, 18, o polo da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Nova Friburgo foi palco de curso de capacitação de profissionais da área de educação, visando à inclusão de alunos deficientes em classes comuns nas escolas regulares. Na ocasião, o Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado (Napes), da Secretaria Estadual de Educação, promoveu palestra com a psicóloga Sandra Cordeiro.
Entre as deficiências abordadas estão autismo, síndrome de Rett, Asperg e transtorno de desintegração da infância. “O curso enfatizou os conceitos fundamentais do transtorno global do desenvolvimento (TGD), as práticas pedagógicas e a elaboração coletiva de planos de aula feitos por grupos de professores da rede estadual de ensino”, afirmou Sandra, que é também doutora em educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O Napes da região atua também nos municípios de Sumidouro, Carmo, Bom Jardim e Duas Barras e é formado pelas orientadoras Ariana Silvestre, Natalina El-Jaick, Márcia Bandeiras e Jaqueline Correa. “Buscamos apoiar a política nacional de educação inclusiva. Além de palestras, promovemos também oficinas, produções de materiais e uma série de outras atividades”, explicou Natalina. Entre outras atividades já programadas estão encontro com alunos do curso normal, em Carmo, dia 26, que terá como tema déficit de atenção com hiperatividade; palestra sobre deficiência mental, em Nova Friburgo, no próximo dia 9; além de reuniões que vêm sendo realizadas regularmente com professores da rede estadual, para inclusão de alunos com algum tipo de deficiência visual.
Seis mil professores são capacitados para atender
alunos com necessidades especiais
Segundo o último censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio de Janeiro é o estado que possui o maior percentual de municípios no país com escolas preparadas para receber alunos com necessidades especiais: 82,6%.
Ainda de acordo com a pesquisa, em 2009 foram registrados no estado 4.964 alunos com algum tipo de deficiência, que estão matriculados em 564 escolas, havendo atualmente mais de seis mil professores capacitados.
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