A Polícia Civil em Nova Friburgo pediu à Justiça a prisão preventiva do ajudante de caminhão de 36 anos que confessou ter matado Onéia da Silva Nascimento, de 54 anos, em um motel na última sexta-feira, 13, na Ponte da Saudade, em Nova Friburgo. O inquérito foi encaminhado nesta terça-feira, 17, para apreciação do Ministério Público.
O corpo da mulher foi encontrado, por volta das 11h, sob um lençol, por empregados do motel Magnus, na Rua Otília Pereira Schuabb. Imagens do circuito interno do motel mostram os dois chegando a pé ao estabelecimento na véspera, às 16h55. O homem deixou o local sozinho, às 4h41 da madrugada. Ele pagou o que faltava da conta com o cartão de débito de Onéia e pediu aos funcionários que acordassem a mulher às 11h.
No fim de semana, imagens do acusado começaram a circular pelas redes sociais. Na última segunda-feira, 16, ele procurou a delegacia e, após a insistência dos investigadores, confessou o crime. O homem disse ter se descontrolado quando Onéia terminou de vez o relacionamento no motel. O homem contou que sufocou a mulher, com uma mão no nariz e outra na boca, até ela morrer. O laudo cadavérico confirmou que a morte foi causada por asfixia mecânica.
Onéia trabalhava como cuidadora de idosos e mantinha um relacionamento com o ajudante de caminhão há cerca de três anos. De acordo com a filha, Vanessa do Nascimento, a vítima vinha tentando por um ponto final no romance durante meses, mas o namorado insistia e chegou a persegui-la e até a agrediu, o que motivou uma denúncia na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).
No ano passado, a Justiça decretou uma medida protetiva e proibiu que o homem se aproximasse de Onéia, mas ele permaneceu perseguindo-a. A família vítima agora teme represálias do suspeito que ainda não foi preso pela polícia porque não houve flagrante delito. Vanessa disse nesta terça-feira, 17, que o homem ameaçou matar sua irmã mais nova.
“Ele falou que ia matar minha irmã de 24 anos. Minha preocupação é com minha irmã. Lógico que eu quero que ele seja preso, que a justiça seja feita, mas minha preocupação é com minha irmã. É tudo muito lento, muito devagar. Nós ficamos inconformados, com raiva, porque ele confessou que matou minha mãe e saiu pela porta da frente da delegacia”, disse Vanessa.
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