Polícia Civil aperta o cerco aos jogos de azar na cidade
A chefe de Polícia Civil no estado, delegada Martha Rocha, não tem dado trégua à contravenção penal em todo o Rio de Janeiro e também no interior os inspetores das delegacias têm priorizado blitzes em estabelecimentos onde são praticados jogos de azar, com apreensão de máquinas caça-níqueis e materiais com anotações do jogo do bicho. Na terça-feira, 5, por exemplo, duas máquinas de apostas foram recolhidas num bar desativado na Rua Nossa Senhora da Conceição Ribeiro, no bairro São Geraldo. Os equipamentos estavam desligados, num imóvel em obras, e ficaram apreendidos na 151ª DP. O proprietário do local disse aos policiais que alugara o imóvel, sem contrato por escrito, para um homem conhecido apenas como “Pisca-Pisca”, que fechou o bar há cerca de quatro meses e abandonou as máquinas.
Já em outro bar, na Praça Marcílio Dias, no Paissandu, policiais civis apreenderam um bloco de anotações do jogo do bicho. Ao ser surpreendido, o responsável pelo estabelecimento, um aposentado de 73 anos, confessou que fazia os apontamentos da contravenção para complementar a renda mensal, já que não consegue sobreviver com o benefício da Previdência Social. Situação idêntica aconteceu em outro bar da Rua Benjamin Constant, no bairro Duas Pedras, onde foi recolhido também um bloco de anotações do bicho. A proprietária do bar revelou que herdara a função do tio falecido, devido à grande clientela.
Ambos os comerciantes disseram que as apostas eram recolhidas uma vez por semana, por um rapaz branco, de moto, cujo nome desconhecem. Os proprietários dos dois bares foram conduzidos à 151ª DP, prestaram depoimentos, mas não ficaram presos. Eles se comprometeram a comparecer ao Juizado Especial Criminal de Nova Friburgo (Jecrim).
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