Uma boa ação que, infelizmente, gera problemas graves para a saúde da população. Oferecer alimentos para aves, apesar de ser uma atitude louvável, a curto e médio prazos pode trazer problemas. Moradores entraram em contato com o jornal alertando sobre as consequências de quem costuma colocar comida para os passarinhos, não só nas praças, mas também nas margens do Rio Bengalas.
Os alimentos costumam atrair ratos e pombos. A prática pode gerar doenças causadas por esses animais não só para humanos, como também para outros animais. A prefeitura não recomenda a prática de alimentar pombos em espaços públicos, conforme orientação do coordenador da Vigilância em Saúde, Felipe Oliveira, da Subsecretaria de Vigilância Ambiental.
“Os pombos são aves que mantêm proximidade com os seres humanos, principalmente em centros urbanos, alimentando-se de restos de comida e lixo. Há um grande problema em alimentar esses animais, cuja população tende a se proliferar facilmente, já que eles carregam agentes patogênicos que causam enfermidades e complicações. Eles transmitem zoonoses (doenças infecciosas passadas para os seres humanos). São conhecidas 57 doenças associadas ao pombo. As pessoas mais afetadas por essas enfermidades são as que possuem sistema imunológico frágil”, relata Felipe.
Ele destaca que entre as doenças transmitidas pelos pombos estão a criptococose, causada por um fungo que ataca os sistemas nervoso central e o respiratório; a salmonella, que possui três espécies e é transmitida pelo contato com as fezes ou secreções das aves causando diarreia, febre, cólica e até meningite; além de alergias, como dermatites, provocadas por ácaros presentes nas penas e fezes desses animais.
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