O plantio de uma muda da espécie nativa do Brasil, Eugenia umbrosa (eugenia-de-folha-grande), no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em comemoração aos 200 anos da imigração suíça no Brasil, foi realizado na semana passada com direito a cerimônia que reuniu autoridades suíças. Entre eles, Johannes Matyassy, diretor geral de direção consular; Andrea Semadeni, embaixador da Suíça no Brasil e Rudolf Wyss, cônsul geral da Suíça no Rio de Janeiro, além de cerca de 40 convidados. Na ocasião, foi lembrada a saga dos primeiros imigrantes suíços que deixaram sua terra natal rumo ao Brasil e quando aqui chegaram povoaram a então Fazenda do Morro Queimado, o atual município de Nova Friburgo.
O bicentenário da chegada dos suíços
A história de Nova Friburgo teve seu início em 1818, quando Dom João VI autorizou, por decreto, a imigração de 100 famílias suíças provenientes, principalmente, do Cantão de Fribourg, para a colonização agrícola da Fazenda do Morro Queimado. Do total de 2.006 emigrantes que saíram da Suíça, somente 1.621 chegaram à Nova Friburgo. Devido às condições precárias antes e durante a viagem que agravaram o estado de saúde da população, 385 pessoas morreram no percurso.
Em comemoração ao bicentenário da imigração suíça, a Colônia Suíça de Nova Friburgo e a associação de intercâmbio sócio-cultural Nova Friburgo-Fribourg, promovem este ano várias atividades. Em fevereiro foi inaugurada a sala da Colônia Suíça, na Praça das Colônias com lançamento do livro "Tempo Anterior", de Maria José Braga, e a exposição de quadros do artista plástico José Manuel Pereira, além da apresentação do troféu de ciclismo Eduardo Salusse. Em junho, uma comitiva partiu de Nova Friburgo com destino à Suíça, numa viagem “em busca do fogo simbólico”, em que os participantes refizeram todo o trajeto feito pelos imigrantes suíços há dois séculos.
Entre os dias 11 de setembro (data da partida do primeiro navio do Porto de Amsterdan, na Holanda, com destino ao Brasil) e 16 de novembro (data de chegada o primeiro grupo de famílias suíças à Fazenda do Morro Queimado), a exposição itinerante com a maquete do navio Urânea “navegará” pelas cidades para onde os suíços migraram.
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