Plantio de árvore no Rio marca os 200 anos de imigração suíça no Brasil

Espécie "Eugenia umbrosa" foi plantada no Jardim Botânico em cerimônia que reuniu 40 convidados do consulado
terça-feira, 03 de dezembro de 2019
por Jornal A Voz da Serra
O cônsul Rudolf Wyss, Johannes Matyassy e Andrea Semadeni fizeram o plantio no Jardim Botânico do Rio (Foto: Alexandre Machado)
O cônsul Rudolf Wyss, Johannes Matyassy e Andrea Semadeni fizeram o plantio no Jardim Botânico do Rio (Foto: Alexandre Machado)

O plantio de uma muda da espécie nativa do Brasil, Eugenia umbrosa (eugenia-de-folha-grande), no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em comemoração aos 200 anos da imigração suíça no Brasil, foi realizado na semana passada com direito a cerimônia que reuniu autoridades suíças. Entre eles, Johannes Matyassy, diretor geral de direção consular; Andrea Semadeni, embaixador da Suíça no Brasil e Rudolf Wyss, cônsul geral da Suíça no Rio de Janeiro, além de cerca de 40 convidados. Na ocasião, foi lembrada a saga dos primeiros imigrantes suíços que deixaram sua terra natal rumo ao Brasil e quando aqui chegaram povoaram a então Fazenda do Morro Queimado, o atual município de Nova Friburgo.     

O bicentenário da chegada dos suíços

A história de Nova Friburgo teve seu início em 1818, quando Dom João VI autorizou, por decreto, a imigração de 100 famílias suíças provenientes, principalmente, do Cantão de Fribourg, para a colonização agrícola da Fazenda do Morro Queimado. Do total de 2.006 emigrantes que saíram da Suíça, somente 1.621 chegaram à Nova Friburgo. Devido às condições precárias antes e durante a viagem que agravaram o estado de saúde da população, 385 pessoas morreram no percurso.

Em comemoração ao bicentenário da imigração suíça, a Colônia Suíça de Nova Friburgo e a associação de intercâmbio sócio-cultural Nova Friburgo-Fribourg, promovem este ano várias atividades. Em fevereiro foi inaugurada a sala da Colônia Suíça, na Praça das Colônias com lançamento do livro "Tempo Anterior", de Maria José Braga, e a exposição de quadros do artista plástico José Manuel Pereira, além da apresentação do troféu de ciclismo Eduardo Salusse. Em junho, uma comitiva partiu de Nova Friburgo com destino à Suíça, numa viagem “em busca do fogo simbólico”, em que os participantes refizeram todo o trajeto feito pelos imigrantes suíços há dois séculos. 

Entre os dias 11 de setembro (data da partida do primeiro navio do Porto de Amsterdan, na Holanda, com destino ao Brasil) e 16 de novembro (data de chegada o primeiro grupo de famílias suíças à Fazenda do Morro Queimado), a exposição itinerante com a maquete do navio Urânea “navegará” pelas cidades para onde os suíços migraram.

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