Pilotos de motocross discutem criação de associação para fortalecer o esporte no Rio

Uma esperança para o futuro do motocross no estado do Rio de Janeiro. Ao todo, 25 envolvidos no esporte, entre pilotos, organizadores, chefes de equipe e mídia, estiveram reunidos em Nova Friburgo no sábado, 11, para discutir as diretrizes para a modalidade nos próximos anos e a possível criação da Associação Carioca de Pilotos de Motociclismo Esportivo (ACPME).

"Já existe a confederação e a federação brasileira, e a ideia é fazer isso nos estados também. O Rio de Janeiro é o pioneiro”, explicou o empresário Eduardo Mastrangelo, o Cabritinha.

A fundação da ACPME, inclusive, está bem encaminhada. As bases do estatuto foram apresentadas para análise, alterações e sugestões. O estudo vai proporcionar o aprimoramento da constituição, que deverá ser definida na próxima reunião, prevista para o dia 1° de fevereiro, em Rio das Ostras. A expectativa é pela aprovação do estatuto e dos cargos que vão compor a associação já neste encontro. Assuntos como premiação, segurança, elaboração e construção de pistas, organização de corridas, apoios e incentivos, postura dos associados, função e o papel da associação estarão em pauta e devem compor o estatuto.

Após uma temporada afastada da Confederação Brasileira de Motocross, a Femerj volta a ser o órgão oficial do esporte no Estado do Rio. Desta forma, a Federação Fluminense de Motociclismo (FFM), que ficou ativa durante a temporada 2013, não consta mais na listagem de federações vinculadas à CBM.

Há décadas à frente de diversos eventos da modalidade na região, Cabritinha observou que o motocross carioca passa por uma decadência nos últimos anos. O empresário lembrou que esta será a primeira iniciativa em nível nacional para tentar reerguer o esporte e destacou que a criação da Associação será um divisor. 

"A iniciativa pioneira dos pilotos, ex-pilotos e chefes de equipe do Rio de Janeiro deu o pontapé inicial nesta primeira reunião em Friburgo, neste início de ano, para a criação da associação de pilotos do estado. Nosso objetivo é aprimorar e contribuir de todas as formas para o crescimento das modalidades do motociclismo no Rio de Janeiro e assim voltar aos tempos de ouro. Queremos também contribuir para a criação de um novo órgão para descentralizar as ações e fortalecer a entidade mãe”, explicou.

A iniciativa já foi discutida em outras oportunidades entre alguns pilotos, mas não emplacou. Desta vez, Cabritinha conta com o apoio de Max Rocha, piloto e organizador de eventos, para desenvolver a ideia e colocar os projetos em ação.

"Vários pontos já foram discutidos, inclusive em anos anteriores, e marcamos essa segunda reunião para aprovação do estatuto e nomeação dos cargos. Sem dúvida, com essa atitude, começamos a avançar de forma coesa e com um mesmo objetivo, o de tirar o motocross do Brasil do fundo do poço. Sei de todas as ações que foram realizadas nos últimos anos, mas acredito que a criação da associação de pilotos será a mais correta, agregando todos que fazem parte do motociclismo”, ressalta Max.

Parceiro do empresário friburguense, Max chama a atenção para a autonomia do grupo para tomar as decisões a partir da criação da ACPME. "Já passou da hora de encararmos a realidade, e sem união e bom senso a tendência é piorar. Com a força de um grupo devidamente constituído, a coisa vai mudar e todos terão que sentar à mesa, pois a bola está com a gente”, conclui o empresário, também responsável por organizar eventos de MX e chefiar uma equipe da modalidade.