Referência turística e arquitetônica no passado, o prédio do antigo fórum Júlio Vieira Zamith está cada dia mais descaracterizado pelas pichações, a falta de manutenção e seu uso indevido. Localizado no coração da Praça Getúlio Vargas, o imóvel tem servido de abrigo para moradores de rua e de alvo para vândalos e pichadores. A redação de A VOZ DA SERRA tem recebido reclamações de moradores do entorno sobre o estado de abandono do prédio, tido como um patrimônio histórico e arquitetônico do município. Sua construção foi iniciada em 1944 e levou três anos para ser concluída. A inauguração ocorreu há 68 anos, em 1947, quando o imóvel passou a ser destaque na paisagem do centro da cidade.
Vale lembrar que até o início dos anos 2000, as instalações do imóvel sediavam o Fórum de Nova Friburgo, daí o espaço ser conhecido até hoje como “antigo fórum”. Após a transferência dos serviços judiciários para um novo prédio da Avenida Euterpe Friburguense, o imóvel da Praça Getúlio Vargas ficou fechado e sem conservação por algum tempo. Em 2004, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro fez a reforma do espaço, que passou a abrigar os cartórios eleitorais da cidade (26ª, 81ª e 222ª zonas eleitorais). Desde então, o imóvel também teve o 2º pavimento e algumas salas do térreo cedidos para uso da Prefeitura de Nova Friburgo. Atualmente, funciona também no local a Oficina-Escola de Artes.
Apesar de ocupado pela Justiça Eleitoral e pela municipalidade, o histórico prédio está com a fachada mal conservada. Alguns apelos têm chegado à redação do jornal para que seja feita com urgência uma restauração do local, cujas escadarias e pilastras também têm sido usadas para expor quadros de um artista plástico. “Aquele prédio está muito largado e precisa de uma reforma urgente antes que se deteriore completamente”, disse um morador das imediações que preferiu não se identificar.
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