Uma nova metodologia de cálculo conduzida pelo Cepea-USP mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio no estado do Rio de Janeiro, apurado com base nas informações disponíveis em 2008, é de R$ 12,2 bilhões. O método anterior de avaliação—que registrava apenas a produção primária (sem qualquer agregação de valor) e não levava em consideração toda a cadeia do agronegócio—mostrava um percentual de apenas 0,4% de participação. O novo diagnóstico destaca a pujança do setor, elevando este índice para 3,5% do PIB estadual.
Os dados preliminares, e considerados positivos por todo o segmento, foram apresentados, nesta semana, durante o “Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico – Agronegócio Fluminense: Presente e Futuro”, na Assembleia Legislativa. No documento entregue pela Federação de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro (Faerj) à Comissão de Agricultura da Alerj, constam ainda informações sobre o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva do setor, que servirão como subsídio para o orçamento estadual de 2013, em discussão na casa legislativa.
Outro dado positivo diz respeito à queda no índice de pobreza rural no estado do Rio de Janeiro que, há 20 anos, era de 50% e, hoje, está no patamar de 10%. De acordo com o deputado estadual e presidente da comissão, Christino Áureo, este é um dado bastante significativo, pois demonstra o acerto das políticas de investimento realizadas nos últimos anos pelo governo do estado, contemplando a assistência técnica, corpo funcional e programas de sucesso como, por exemplo, o Rio Rural, financiado pelo Banco Mundial. “O Rio Rural, que promove o desenvolvimento rural sustentável tendo como unidades de referência as microbacias hidrográficas, é o maior programa executado pelo Banco Mundial nesta área no país”, disse Christino, ao ressaltar que o estado do Rio de Janeiro tem 16 milhões de consumidores e é o segundo maior centro consumidor do Brasil e, por isso, necessita cada vez mais de investimentos na cadeia produtiva.
O parlamentar destacou em plenário a necessidade dos prefeitos e secretários municipais, quando forem discutir e votar seus orçamentos, darem a sua parcela de contribuição destinando mais recursos para o setor. “Setenta e cinco por cento da renda rural per capita do território fluminense vem de programas de governo, ou seja, provenientes da capacidade do estado em investir em ações e projetos como o Rio Leite, Rio Genética, Rio Rural, Estradas da Produção, entre outros. No Brasil, o Estado do Rio comprova, com dados, que foi capaz de cumprir a premissa fundamental: melhorar a vida das pessoas”, concluiu Christino.
Ao final da sessão, o presidente da Faerj, Rodolfo Tavares, entregou ao deputado a “Carta do Agronegócio Fluminense”, com reivindicações do setor, documento que será enviado ao governador Sergio Cabral e a todos os deputados estaduais.
Na ocasião, o presidente da Emater-Rio, Justino Antônio da Silva, representou o secretário estadual de Agricultura e Pecuária, Alberto Mofati, que participava de reunião da Comissão de Representação da Alerj, que acompanha a atuação dos investimentos do governo do estado na Região Serrana. Também estiveram presentes produtores, presidentes de sindicatos rurais, cooperativas e representantes de toda cadeia do agronegócio, além de prefeitos, vereadores, secretários municipais, entre outras autoridades.
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