Pesquisas impopulares

quarta-feira, 30 de setembro de 2015
por Jornal A Voz da Serra

EM TEMPOS de crise econômica, política e moral, as pesquisas apontam para um tempo de dificuldades e de poucas expectativas favoráveis à normalidade da vida nacional pelo menos neste e no próximo ano. Os números revelam que o Brasil enfrenta momentos de dificuldades e de aperto financeiro para toda a sociedade. São preocupantes os percentuais que empurram para baixo a atuação política e institucional dos nossos governantes.

NO COMANDO da Nação, a popularidade do governo Dilma Rousseff continua em baixa. Pesquisa CNI-Ibope, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelou que o percentual de pessoas que consideram o governo ótimo ou bom está em 10%. Para 21%, o governo é avaliado como regular; 82% desaprovam e 14% aprovam a maneira de a presidente governar. E 77% dos brasileiros não confiam na presidente, enquanto 20% confiam.

NA MESMA tendência pessimista, a popularidade dos prefeitos das cidades brasileiras não está boa. Pesquisa do Ibope Inteligência mostra que 40% da população avaliam a atuação do prefeito de sua cidade como ruim ou péssima e 30% dizem que ela é regular. Os que consideram a gestão do prefeito ótima ou boa são 28%.

POR SUA VEZ, os governadores estão um pouco menos mal avaliados do que os prefeitos. Na média, eles têm 28% de ótimo ou bom, 34% de regular e 32% de ruim ou péssimo. Os moradores do Norte/Centro-Oeste e Sul do país são os que mais avaliam negativamente os governadores. No Sudeste e no Nordeste as avaliações negativas são de 24% e 29%, respectivamente, e as positivas, de 31% e 30%.

SOBRE A situação nacional, somente 15% dos brasileiros estão satisfeitos com o funcionamento da democracia no Brasil. É o que mostra outra pesquisa do Ibope que é realizada anualmente com a população acima de 16 anos desde 2008. Esse é o nível mais baixo desde o início da série histórica. Até então, o menor nível registrado havia sido em 2013, período pós-manifestações, quando 26% estavam satisfeitos com a democracia. Como consequência, em 2015, a insatisfação dos brasileiros com a democracia no país chega a 81% da população, dos quais 45% estão nada satisfeitos e 36%, pouco satisfeitos.

A PRATICAMENTE UM ano das eleições municipais, o quadro nacional não oferece condições de estabelecer quem vencerá a disputa no município. Qualquer que seja o resultado do pleito, é importante não perder o foco para o município e as suas expectativas de desenvolvimento. Não podemos acreditar tão somente nas promessas de campanha e mais do que nunca o eleitor friburguense vai às urnas com a vontade de eleger o melhor, o que poderá nortear a gestão pública com competência nos próximos quatro anos.

A TRANSPARÊNCIA e a ética agora mais do que nunca fazem parte do rol das exigências de um bom candidato e os eleitores sabem disso utilizando-se de uma extensa rede de informação pública e privada a seu dispor. Os tribunais eleitorais e organizações civis disponibilizam informações sobre todos os candidatos e as suas respectivas situações eleitorais. Cada vez mais torna difícil esconder as pendengas jurídicas dos candidatos, o que auxilia na decisão do voto.

A CAMPANHA eleitoral que vai se delineando é uma demonstração de vitalidade da classe política friburguense. Com erros e acertos, os candidatos irão se apresentar, mas o importante é não repetirmos erros do passado que nos custaram anos de atraso e retrocesso político.  O momento é de olhar para o futuro friburguense com boas perspectivas de crescimento. E quem vencer, terá a incumbência de responder pelo anseio de todos.

 

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