Os arquivos da Fundação Dom João VI, que reúne uma série de documentos sobre a história de Nova Friburgo, foram alvo de um estudo internacional na semana passada. A pesquisadora suíça Magda Kaspar, doutoranda em História pela Universidade de Berna, está no município a fim de reunir dados para sua tese que aborda as imigrações suíças para o Brasil. A proposta de Magda é estudar as colônias de Nova Friburgo, além da Helvetia, em Indaiatuba-SP e Dona Francisca, em Joinville-SC, sob a perspectiva da identidade cultural e da invenção de tradições levantando a questão sobre o motivo para essas cidades conservarem os costumes suíços.
A pesquisa é desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e financiada pela Fundação Nacional de Ciências da Suíça, uma das mais importantes organizações da confederação. A ideia de trabalhar com movimentos migratórios veio da própria experiência de Magda, que possui origem tcheca. Apesar de falar as línguas francesa, alemã e inglesa, ela aprendeu o português especialmente para o desenvolvimento da pesquisa. Pela segunda vez no Brasil, Magda revelou que Nova Friburgo é muito parecida com a Suíça, não apenas pela aparência, mas também pelo tratamento atencioso das pessoas.
O presidente da Fundação Dom João VI, Luiz Fernando Folly, afirma que a pesquisa de Magda Kaspar coincidentemente se desenvolve durante as celebrações dos 200 anos da assinatura do decreto de criação de Nova Friburgo (2018) e da chegada dos colonos suíços (2019-2020), um momento propício para estimular os estudos sobre a história de nossa cidade, em suas mais diferentes vertentes. “A Fundação D. João VI, depositária do Arquivo Pró-Memória, apoia tais iniciativas e disponibiliza a consulta de seus documentos para pesquisadores e demais interessados”, informou Folly.
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