Pesc mobiliza comunidades para tratar de prevenção, segurança e cidadania

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
por Jornal A Voz da Serra

O Plano de Emergência da Sociedade Civil (Pesc) já teve a adesão de quase 50 bairros de Nova Friburgo em pouco mais de duas semanas e realizou mais uma reunião de trabalho na última quarta, 19, na Acianf. Um dos bairros envolvidos é o Centro e moradores da Rua General Osório, Cristina Ziede, Monsenhor Miranda e Augusto Spinelli começaram a mapear a região, identificando cinco localidades de maior risco de deslizamentos e inundações, com sugestões de lugares para a instalação de pontos de apoio e até para estruturação de abrigos.

A mobilização da comunidade é um desafio consciente, por isso foram levantados nomes de pessoas e entidades que poderiam contribuir para o trabalho de elaboração do plano local para emergência, como, por exemplo, associações de moradores, comerciantes e empresários da região, diretores das escolas públicas e privadas, Sanatório Naval, administração da Rodoviária Urbana, igrejas, Acianf, cooperativas e sindicatos sediados no Centro, instituições do Sistema S, Firjan, Sebrae, escolas de enfermagem, Cruz Vermelha, Tiro de Guerra, bombeiros, rede hoteleira, clubes e moradores interessados em contribuir com a segurança local.

O Pesc é um projeto desenvolvido por ONGs e movimentos sociais da cidade (Diálogo, Care Brasil, Ecossocial da Região Serrana e GAM—Grupo de Articulação dos Movimentos), aprovado junto ao Comitê de Gestão Estratégica, que reuniu, em 2011, diversos órgãos e empresas numa força-tarefa em apoio à Defesa Civil, sendo responsável pela elaboração do Plano de Apoio Integrado (PAI), cujo decreto acaba de ser publicado. A proposta é de um trabalho de organização territorial, mobilizando e fortalecendo as comunidades em torno dos temas da segurança, prevenção e cidadania, de forma articulada com o poder público.

O projeto também visa incentivar o município à participação da campanha “Construindo Cidades Resilientes: Minha Cidade está se Preparando”, da Organização das Nações Unidas (ONU), sendo uma das dez ações lá apontadas. Está sendo formado um comitê para a apresentação oficial da proposta ao prefeito e para acompanhamento das ações. Juntamente com a proposta será encaminhado abaixo-assinado das comunidades mobilizadas, reforçando a necessidade de uma cidade mais segura. No Brasil, somente oito municípios se inscreveram na campanha—todos do Sul—, mas nenhum ainda conseguiu realizar todos os passos indicados.

A agenda de encontros do Pesc é diária e está a todo vapor. Já foram realizados mais de 18 encontros, envolvendo associações de moradores, lideranças de igrejas, agentes de saúde, socorristas, comerciantes, escolas e voluntários em geral preocupados com o tema da segurança. Até o fim deste mês já haverá Coordenações Locais de Emergência em 45 bairros da cidade, partindo primeiramente dos líderes indicados pela Defesa Civil para o sistema de alerta-alarme. Desta forma, serão ampliadas as possibilidades de atuação e de mobilização, com o grupo aumentado e fortalecido.

Na pauta dos primeiros encontros está previsto a identificação local das áreas de risco e dos pontos de apoio já instalados, a avaliação da comunidade sobre o funcionamento do sistema de alerta, a indicação de possíveis locais para estruturação de abrigos, já considerando a experiência de 2011, a formação das equipes de coordenação local (podendo comunicar-se diretamente com a coordenação geral da Defesa Civil), além de outras ações que visam melhorias para áreas de riscos.

Outras comunidades que ainda não tenham iniciado este trabalho podem participar de encontro em bairro próximo, para o agendamento de uma reunião específica, ou ainda entrar em contato diretamente com a coordenação do Pesc, através do e-mail dialogo@dialogosocial.org.br.

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