Motoristas e pedestres que passavam por volta das 17h desta quinta-feira, 9, pela Avenida Comte Bittencourt, uma das mais movimentadas do Centro de Nova Friburgo, levaram um grande susto e tiveram muita sorte de não terem sido atingidos. Uma grande árvore, plantada às margens da Avenida Galdino do Valle Filho, do outro lado do Bengalas, partiu-se e tombou por cima do leito do rio. A copa da árvore espatifou-se sobre uma das pistas da Comte Bittencourt, quando o movimento de veículos e de corredores estava começando a ficar mais intenso.
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Uma viatura do Corpo de Bombeiros foi até o local e, com uma motosserra, retirou os galhos que ainda representavam risco aos pedestres. Funcionários da prefeitura rapidamente limparam a pista de rolamento e a via compartilhada.
Ainda não se sabem os motivos da queda da árvore, que ocorreu após vários dias de muita chuva na cidade e num momento em que uma equipe de engenheiros e técnicos da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ-Fapur) fazem um minucioso estudo, iniciado em novembro, para avaliação justamente de todas as árvores centenárias da Praça Getúlio Vargas. A ação faz parte das ações definidas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para recuperação do espaço, firmado em 2015 entre o município e o Ministério Público Federal.
Estudo inédito na praça
Segundo João Vicente de Figueiredo Latorraca, engenheiro florestal e professor do Departamento de Produtos Florestais do Instituto de Florestas da UFFRJ, o estudo, inédito, fez inicialmente um inventário de todas as árvores da praça, com a identificação de espécies, medição do diâmetro e altura, além da inclinação de troncos e galhos. Numa segunda etapa, foi feita a análise fitossanitária, que envolve a observação da presença - ou ausência - de fungos degradadores ou de insetos, como cupins e brocas. Já na terceira etapa – em andamento esta semana - as equipes da UFRRJ-Fapura analisam a parte interna das árvores.
“Utilizamos um tomógrafo de impulso e aplicamos uma onda de estresse nos sensores cravados nas árvores. Isso vai nos gerar uma imagem do estado do interior do tronco. Havendo a visualização de algum problema, marcamos esses pontos para depois começarmos a fazer a análise de resistografia, que nada mais é que a penetração de uma agulha bem fininha no caule da árvore, que vai nos fornecer um resultado que aponta a resistência que o tronco possui”, explicou João Vicente.
A cada mês será elaborado um relatório com os dados coletados de fitossanidade, tomografia, resistografia e extensometria. Depois será feita a interpretação dos dados levantados, o que permitirá indicações sobre riscos de queda de alguma árvore. “Isso vai servir de subsídio para a prefeitura realizar as intervenções, que é o que chamamos de manejo”, finalizou o professor.
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