Perigo de volta

quarta-feira, 28 de outubro de 2015
por Jornal A Voz da Serra

O AUMENTO dos casos de dengue em muitos estados, o calor predominante, as chuvas e, agora, a volta da dengue tipo 1 trouxeram à tona a preocupação das autoridades do Ministério da Saúde e de especialistas sobre a doença no país. E o mosquito não preocupa somente o governo federal. Dezenove pessoas já morreram de dengue no Estado do Rio só em 2015. O número alertou as autoridades do setor de saúde, que já contabilizaram este ano mais de 56 mil casos de suspeita da doença, nove vezes mais o contabilizado no ano passado.

LEVANTAMENTO realizado pela Secretaria Estadual de Saúde em 67 municípios apontou que 46% deles estão em nível de alerta para a ocorrência de surto; 48% estão em situação de baixo risco e 6% em situação de alto risco. Nova Friburgo, felizmente, não sofre risco preocupante. Nenhum município do Rio está passando por uma epidemia, mas o número de mortes preocupa. O município com mais óbitos é Resende.

Em 2013, ano em que a doença foi considerada uma epidemia no Rio, 217.977 casos foram confirmados. Naquele ano, foram 60 mortes, ante 19 até agora. Em 2014, quando circulou o vírus tipo 4, que já havia aparecido em 2012 e 2013, o número de doentes chegou a 7.819. A doença, que até agora não foi debelada, tem mobilizado autoridades federais, estaduais e municipais e mostrou que o desleixo aliado à desatenção da população com os métodos preventivos não dependem apenas dos responsáveis oficiais. O mosquito é de todos.

É INCORRETO afirmar que o mosquito da dengue não sobe a serra. Tal fato ocorre porque a temperatura não faz diferença nem se torna uma blindagem contra o avanço da doença. O que impede a doença é a prevenção, que vem sendo feita não apenas pelos agentes de saúde, mas, também, pelo grau de conscientização da população.

O ESTADO do Rio não está imune ao avanço da doença. Diversas cidades sofrem os efeitos do mosquito e não se vê nenhum sinal de que a doença vá regredir. Ao contrário, a dengue ainda provocará muitos casos, inclusive de morte, exigindo-se, portanto, medidas curativas e preventivas, para que neste ano a população não venha a sofrer novos transtornos.

A CADA chuva aumentam os focos de transmissão, o que poderá também ocorrer em Nova Friburgo. Apesar de estarmos ainda na primavera, o trabalho de prevenção deve continuar permanentemente. Afinal, o mosquito não tem hora nem vez para atacar e não respeita as faixas econômicas da população. Todo o cuidado, portanto, é pouco.

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