Empreendedorismo é um tema antigo, mas que no Brasil ainda está na adolescência. Estamos construindo uma cultura inovadora, mesmo com todas as dificuldades econômicas que enfrentamos. Vemos essa construção acontecendo, em grande parte, por conta das ações de instituições como o Sebrae e a Endeavor e de movimentos universitários como o MEJ – Movimento das Empresas Juniores, que levam o assunto para a sala de aula e permitem que os alunos tenham uma vivência das práticas empreendedoras. Entretanto, o termo empreendedor vem sendo muito utilizado como simples sinônimo de empresariado. Aqui vale pontuar que nem todo empresário é empreendedor e nem todo empreendedor é empresário.
Empreender é ter vontade de realizar alguma coisa que provoque uma melhoria. É você não ficar contente em apenas ter ideias, e sim de colocá-las em prática. Seguindo esse ponto de vista, eu posso empreender no meu local de trabalho, tirando minhas ideias do papel e otimizando o resultado. Mas nem tudo são flores quando falamos de empreendedorismo. As práticas de inovação também podem ter um lado negro — os chamados workaholics sabem bem do que estou falando. A minha geração, essa tal de Geração Y ou millenniuns, descobriu que em vez de buscar o emprego dos sonhos, podemos criá-lo, identificando problemas e apresentando uma solução. Estamos aprendendo que podemos ser movidos pelo que faz nosso coração bater e não somente pelo dinheiro do fim do mês. E isso nos faz levar cada vez mais o trabalho para a vida.
Hoje, com a tecnologia, temos a possibilidade de ficar 24h por dia conectados ao trabalho. Ponderar esse limite parece ser o grande desafio dessa geração. No curto prazo não enxergamos problemas em ter um dia corrido, todo atarefado, mas no longo prazo perdemos a saúde e o nosso convívio social também, por isso é importante equilibrar a vida profissional com a pessoal.
Vivendo do próprio negócio: guia rápido
1) A palavra-chave é INFORMAÇÂO
Busque informações sobre o mercado que você está querendo atuar Para isso você pode utilizar a internet, procurar instituições como o Sebrae, conversar com empresários do segmento;
2) Organize-se
Planeje. O brasileiro, em geral, tem um perfil executor e não de planejador, mas para iniciar seu próprio negócio é necessário um bom planejamento, sobretudo o financeiro. Você pode utilizar um plano de negócios para começar a traçar esse planejamento;
3) Imagine seu público
Não tente abraçar o mundo. Pouca ou quase nenhuma empresa consegue oferecer seus produtos para todas as pessoas. Defina um perfil de público para você trabalhar e faça sua empresa chegar até esse público, conversar com ele;
4) Seja diferentão
Depois de entender e conhecer seu público, ofereça a ele algo que seus concorrentes não possam oferecer;
5) Comece!
O ótimo é inimigo do bom. É melhor você começar e aperfeiçoar o seu negócio ao longo do tempo do que esperar ele ser perfeito e nunca tirá-lo do papel. Prestação de contas, documentação, milhares de xérox e certificados: é chato, mas é bom;
6) Não tenha medo
Não se preocupe: críticas sempre irão chegar, esteja você fazendo algo ou não. E não se esqueça: o caminho para o sucesso precisa ser divertido! Estar realizado é tão ou mais importante do que ter um negócio de sucesso.
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