Pedestres continuam se arriscando ao atravessar o cruzamento da Avenida Galdino do Valle Filho com a ponte da Rua Francisco Miele, perto do Clube de Xadrez, no Centro. Em vez de usarem as duas faixas de pedestres, algumas pessoas atravessam a via sem prudência, ignorando a grade de proteção instalada no local para evitar atropelamentos e protegê-los de colisões no movimentado trecho urbano da RJ-116.
“Eu sei que é arriscado, mas estou com pressa”, disse um homem ao evitar a barreira de proteção. Ele não quis se identificar.
O cruzamento é um dos mais complexos do centro de Nova Friburgo. Os veículos transitam na avenida, na ponte e na Rua Zélia Santos Côrtes, três vias com trânsito intenso que conectam acessos ao Paissandu, ao Centro e ao Suspiro. Por isso, acidentes graves e até fatais, como colisões e atropelamentos, já foram registrados no trecho no último ano.
Em agosto do ano passado, A VOZ DA SERRA já havia mostrado que muitos pedestres se arriscam no local. Nesta terça-feira, 10, um equipe de reportagem do jornal voltou ao trecho e constatou que o mau hábito continua. Jovens, adultos e até idosos, que frequentam as atividades do Centro de Convivência da Terceira Idade, preferem caminhar na pista do que usar as faixas de pedestres.
Outro trecho perigoso e com alto índice de acidentes fica no trevo de Duas Pedras, que conecta a RJ-116 e a RJ-130 (Nova Friburgo - Teresópolis). No local, é comum ver pedestres se arriscando ao atravessar a via entre a concessionária Eurokraft (antiga Frivel) e o terminal rodoviário norte, em meio aos veículos em movimento.
Desde outubro do ano passado, a travessia de pedestres se tornou ainda mais perigosa porque o espaço onde funcionava uma garagem, ao lado da rodoviária norte, foi totalmente fechado pela Prefeitura de Nova Friburgo para a construção de uma pequena praça no local.
A praça, que ainda não foi inaugurada, ganhou relevos gramados e uma cerca que impede que as pessoas usem o espaço para atravessar as vias do trevo. O problema é que o pedestre que caminha pelo local fica perdido, pois faltam placas de sinalização e faixas de pedestres que informem qual percurso ele deve fazer para entrar ou sair, à pé, da rodoviária norte, com segurança, por exemplo.
“É muito difícil atravessar aqui”, disse a vendedora Leila Borges após dar uma volta em torno da praça, bem próximo aos carros, para conseguir atravessar o trevo em direção ao Centro.
A VOZ DA SERRA procurou a secretaria municipal de Ordem e Mobilidade Urbana (Smomu) para saber que medidas o novo governo pretende adotar para conscientizar pedestres sobre os riscos no cruzamento do Suspiro. O jornal também quis saber se a sinalização para pedestres será instalada no trevo de Duas Pedras, mas a pasta não enviou a resposta.
Deixe o seu comentário