MHenrique Amorim
oradores do bairro Chácara do Paraíso, que se deslocam diariamente para o centro da cidade a pé e que sonham com a construção de calçadas nas pistas da RJ-150 (Nova Friburgo-Amparo-São José do Ribeirão), voltaram a ficar sem saber quando poderão caminhar com mais segurança, sem ter que disputar espaço com veículos, ônibus e caminhões nas estreitas faixas de rolamento da estrada. Há cerca de quatro meses o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) iniciou as obras de alargamento da pista de sentido Amparo, ao longo de aproximadamente 800 metros. As encostas foram desbastadas e um pequeno trecho chegou até a ser asfaltado, mas as fortes chuvas de novembro causaram diversos deslizamentos no local e as obras foram paralisadas.
A retirada da vegetação deixou o solo no local ainda mais vulnerável e em muitos trechos o espaço aberto para a construção da tão esperada calçada foi totalmente encoberto por lama. O engenheiro chefe do DER em Nova Friburgo, Marcelo Góes Telles de Brito, informou esta semana que o órgão não abandonou a obra, mas optou por paralisá-la pelo menos até o mês que vem, para evitar que os trabalhos de retirada de terra e abertura de novos espaços por mais aproximadamente 500 metros até as imediações da ponte do Maduro (entroncamento da RJ-150 com acesso à Avenida Nossa Senhora do Amparo) sejam novamente comprometidos pelas fortes chuvas típicas dessa época do ano.
Marcelo Brito disse ainda que as equipes do DER já reavaliam o projeto estrutural da obra que implicará a necessidade de remanejamento dos postes de distribuição das redes de energia elétrica, telefonia, TVs por assinatura e internet a cabo. “Se conseguirmos que os postes sejam recuados para a nova margem da rodovia poderemos até construir um acostamento, caso não seja possível, optaremos por uma calçada”, comentou o engenheiro destacando a sinuosidade acentuada da rodovia, cujas pistas são margeadas por rochas em vários trechos.
Enquanto a obra não é retomada, os pedestres que utilizam com frequência aquele trecho da rodovia correm bastante perigo, pois nas curvas, por pouco não são colhidos por veículos em alta velocidade. Com a paralisação das obras muitos pedestres têm que caminhar na lama para escapar do tráfego nas faixas de rolamento. Entre a ponte do Maduro e a travessa Izelino Maduro, na pista de sentido Amparo, o perigo dos transeuntes é ainda maior.
Além da falta de acostamento, a pista é margeada pelo Córrego dos Inhames. “Não sei como um pedestre ainda não caiu nesse rio. Há motoristas que quando avistam um pedestre reduzem a velocidade e até trafegam no meio da pista, mas quando vem outro veículo no sentido contrário, o jeito é o salve-se quem puder”, comentou um comerciante da Chácara do Paraíso que já presenciou atropelamentos no local.
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