Sábado, 11 de novembro. Depois de uma manhã e tarde chuvosas, frio e que deixou muitos sinais de trânsito danificados em vários bairros, o tempo melhorou e até ensaiou um final de tarde de céu azul e noite estrelada. O tempo pareceu melhorar para saudar o comediante Maurício Manfrini, intérprete do personagem Paulinho Gogó, com apresentações marcadas para os últimos sábado, 11, e domingo, 12. Com um show de pouco mais de uma hora de duração, o ator arrancou risadas de mais mil pessoas, nas duas apresentações. Muito famoso pelas diversas histórias cômicas que conta semanalmente a Carlos Alberto de Nóbrega, no humorístico “A Praça é nossa”, do SBT, Paulinho Gogó é um dos personagens mais divertidos do programa que vai ao ar todas as quintas-feiras, após as 23h.
Antes do show, Maurício Manfrini tirou um tempo para conversar com A VOZ DA SERRA sobre mais essa vinda a Nova Friburgo, a quinta, de acordo com o artista. Durante a entrevista Paulinho Gogó também resolveu aparecer para dar um alô à nossa equipe.
Há quanto tempo você está nessa estrada?
Como ator e humorista, desde 1995, quando fui contratado pela Rádio Tupi para fazer o programa “Patrulha da Cidade”, que era um programa policial humorístico. Fiquei por 20 anos no programa e por questões de falta de tempo, viajando o Brasil todo, acabei saindo há dois anos.
Quando surgiu o personagem Paulinho Gogó?
Em 1997, na Rua do Livramento, que era a rua onde ficava a Rádio Tupi. Ali tinha uns botequins, em frente ao Sindicato dos Armadores do Cais do Porto, e sempre tinha uma galera com calça tergal, sapato bicolor, coletinho, trocando uma ideia. Eu fiquei prestando atenção na conversa deles e reparando no jeito de falar, de andar... Eram pessoas engraçadas e com histórias muito legais como os caras que iam para o pagode sem a esposa saber e elas acabavam descobrindo. Fui montando o personagem e colocando nesses moldes de malandro carioca que gosta de uma boemia. Usei no programa da rádio e deu certo.
O Paulinho Gogó tem muito do Maurício Manfrini?
Não, nada. O Paulinho Gogó é completamente o oposto de mim. Eu sou um cara mais tranquilo, sossegado, tímido, até. Curiosamente, a maioria dos humoristas são assim. Usamos essa forma de humor para colocar para fora o que naturalmente temos vergonha de dizer. O Gogó, não. É mais extrovertido, falador.
Muitos artistas quando fazem stand ups ou peças teatrais usam experiências vividas para compor o personagem e o roteiro de uma peça. No seu caso então foi mais a criação do que vivência?
Algumas histórias realmente aconteceram, mas não comigo. No dia a dia eu vou conversando com as pessoas, percebendo o jeito de falar, de se expressar, e vou colocando no repertório. Não tem nenhuma história que eu tenha vivenciado, até pelo meu jeito mais tímido, mesmo.
E toda semana lá no SBT é uma história diferente, na Praça...
Sim. Eu costumo pegar bastante piada, fazer umas adaptações e transformar para o universo do Paulinho Gogó. É um trabalho no qual eu humanizo essas histórias para ficar com a cara do personagem.
Agora uma pergunta para o Paulinho Gogó. Como é que é ter uma vida tão agitada, assim?
Pra lá e pra cá, né parceiro. Uma hora a gente está num lugar, depois estamos em outro. Às vezes não sei nem onde eu estou. Amanheço em um lugar, vou dormir em outro. Já fui para os Estados Unidos, Japão. Um serviço sem nota em cada lugar.
E como foi que o Paulinho Gogó se virou no Japão?
Muito fast food, né? Aqueles “bicho estranho”. Não sou muito chegado.
E essas histórias que você conta, aconteceram mesmo?
Fato “venério”, né parceiro. No meu show eu conto histórias minhas com a Nega Juju, minha esposa, como foi que nos conhecemos, história com meus amigos como o Bilicutico, que é o meu parceiro.
Nega Juju te acompanha nas viagens?
Não. Nega Juju fica em casa cuidando do nosso filho Paulinho Tum Tum. É bom que quando eu viajo vou conhecendo a galera, e de vez em quando eu vou tirando um serviço sem nota.
Se misturarmos em um caldeirão Latino, Sérgio Mallandro e Paulinho Gogó, o que sai?
O Latino não conheço pessoalmente, mas o trabalho dele é muito bom. O Sérgio Mallandro é o meu fechamento. Cara maluco, mas é uma ótima pessoa. Olha... não ia dar coisa boa não. Ia dar o “merdelê do caçarolê”. Ia complicar...
O que Paulinho Gogó traz para Friburgo?
Alegria, felicidade, animação, energia positiva. Tudo e mais um pouco eu trago novamente para Friburgo.
Quantas vezes já veio aqui?
Acho que essa é a quinta vez.
Praticamente um friburguense, então?
Praticamente. Eu gostei muito de Friburgo. É uma cidade que só visitei pela primeira vez quando já estava me apresentando. O povo é espetacular. A cidade é ótima. Mesmo visitando rapidamente deu para fazer um “furum funfum”, se é que você me entende.
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