O pastor emérito da Igreja Luterana, Armindo Laudário Müller, está de malas prontas para retornar a seu estado, o Rio Grande do Sul, com sua mulher, Marina. Ele é natural de Panambi, mas vai se radicar em Santa Cruz do Sul, distante 140 quilômetros de Porto Alegre. O pastor Müller viveu em Nova Friburgo desde 1998, atuando como pároco da Comunidade Evangélica Luterana local, fundada em 1824, a mais antiga comunidade protestante do Brasil e da América Latina. Exerceu a função por dez anos, até se tornar emérito.
Depois de aposentado, Müller trabalhou na Prefeitura a convite do então prefeito Heródoto Bento de Mello nos setores de Relações Internacionais, Cerimonial e Pró-Memória. Ele também participou do quadro de debates do programa Show do Pedro Osmar, na Rádio Nova Friburgo AM. É sócio fundador e ex-presidente do Centro Cultural Teuto-Friburguense, além de sócio efetivo da Academia Friburguense de Letras e cidadão honorário de Nova Friburgo e do Estado do Rio de Janeiro.
O pastor tem um casal de filhos no Rio de Janeiro, um irmão em Niterói e outro em Curitiba, mas decidiu voltar para Santa Cruz do Sul, onde residiu por 20 anos. Ele pretende dedicar atenção especial ao Centro de Estudos Genealógicos do Vale do Rio Pardo-RS (Cegens), que se encontra um pouco parado, dando-lhe novos rumos. “É o meu xodó”, afirma. Também vai cuidar da Associação Nacional dos Grupos da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (Oase), onde preside o chamado Sínodo Sudeste, que abrange os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
Armindo Müller deixa Nova Friburgo nesta quinta-feira, 19, deixando aqui bons amigos em todos os setores, que sempre o receberam muito bem. Ele deixa como legado o livro “O começo do protestantismo no Brasil”, com o levantamento de todos os alemães que se fixaram em Nova Friburgo, de 1824 até a fase da industrialização. O livro foi lançado em 2004, durante as comemorações dos 180 anos da chegada dos alemães a Nova Friburgo, e pode ser encontrado na livraria Papelote.
“Vou levando saudades de Nova Friburgo. Esta região é completamente diferente do Rio Grande do Sul, em todos os sentidos. Enfrentei muitos desafios aqui. Procurei integrar a Igreja Luterana à comunidade, tentei aproximá-la da católica e da metodista, inclusive com celebrações em cada uma delas. Além disso, fiz amigos nas outras religiões e entidades civis de Nova Friburgo.”
Um grupo de amigos está organizando uma despedida do casal Müller, nesta quarta-feira, 18, às 20h, em um jantar de adesão (R$ 28) no restaurante Viva Rô. No cardápio, fetuccine com gorgonzola e iscas de filé mignon.
Armindo Müller faz um agradecimento especial ao jornal A VOZ DA SERRA, Laercio Ventura e equipe, pelo apoio recebido na divulgação das atividades da Igreja Luterana no período em que a conduziu em Nova Friburgo.
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