Todos os anos, com a aproximação do carnaval, a principal e uma das mais movimentadas avenidas da cidade, a Alberto Braune, recebe arquibancadas para que o público possa prestigiar os desfiles das escolas de samba e blocos do município. Entretanto, a música parou, a serpentina acabou e mais de um mês após o fim da folia na passarela foi “esquecida” por lá uma das estruturas metálicas com tábuas de madeira que servem para assento, bem ao lado de um dos mais movimentados pontos de embarque e desembarque de passageiros dos ônibus urbanos, em frente a Drogaria Nacional.
Mas, se por um lado a arquibancada já deveria ter sido retirado logo após o carnaval como aconteceu com o restante da estrutura montada para os desfiles, por outro, com o fechamento temporário da rodoviária urbana para obras e o consequente aumento do número de pessoas nos pontos do Centro, muita gente tem elogiado a “manutenção” da arquibancada ali. Isso porque a estrutura vem sendo utilizada como banco para espera da condução.
É o que diz a estudante Camila Oliveira, de 18 anos. “Eu gostei de terem deixado a arquibancada aqui. Não tem bancos no ponto. Pelo menos a gente não precisa mais aguardar pelo ônibus em pé”, afirma. Opinião semelhante tem a dona de casa, de 48 anos, Cláudia Vieira da Silva. “Ainda bem que agora temos um lugar para sentar enquanto esperamos pelo ônibus. Foi bom pra todo mundo, principalmente para os idosos”, destaca ela acrescentando que “tem dias que fico em pé aqui com bolsa de compra mais de hora. Imagine para uma pessoa idosa? Tem que ter um lugar para sentar”, destacou.
O caso, no entanto, não é isolado. Outros pontos do Centro também não possuem bancos. Ainda na Alberto Braune, o ponto de parada em frente à Lojas Americanas, o situado próximo à prefeitura e o da Rua Comandante Ribeiro de Barros (Antiga Rua do Arco) são alguns exemplos. “Bem que uma arquibancada de carnaval aqui ia ser uma boa. Tem dia que aguardo mais de 40 minutos pelo ônibus para o bairro Varginha, onde moro e tenho que ficar em pé. Se tivesse bancos ou até mesmo uma arquibancada, amenizaria a espera”, conta uma usuária da linha Centro-Varginha.
Outro local que vem sendo alvo de muitas reclamações entre os usuários do transporte público é o ponto de ônibus da Rua Sete de Setembro que absorveu grande fluxo de usuários devido ao fechamento da rodoviária urbana. Neste caso, as queixas vão além da falta de bancos já que a calçada é estreita e não há cobertura. “Nós ficamos a mercê do tempo; na chuva, no sol e, enquanto isso, a passagem só aumenta”, exclama o vendedor Pablo Cardoso.
Na lista das exceções estão os pontos de embarque e desembarque da Praça Dermeval Barbosa Moreira, em frente à Catedral São João Batista, e o da Rua Duque de Caxias. Em ambos os casos dezenas de passageiros esperam pela condução todos os dias mas, embora haja bancos, quase sempre eles são insuficientes, principalmente nos horários de pico.
A equipe de reportagem de A VOZ DA SERRA entrou em contato com a Subsecretaria de Comunicação Social para saber uma informação oficial sobre a permanência da arquibancada de carnaval junto ao ponto de ônibus no início da Avenida Alberto Braune, mas até o fechamento desta edição ainda não havia obtido resposta.
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