Juliana Scarini
Logo na entrada do bairro já é possível sentir o clima de tranquilidade em cada rua. O Parque Residencial Maria Teresa fica próximo ao distrito de Conselheiro Paulino e os moradores apontam muitas qualidades e pequenos problemas do lugar. Bem no centro do bairro há uma praça que funciona como área de descanso e lazer para os moradores. As árvores, grama e banquinhos estão em ótimo estado. A praça pode ser considerada um símbolo do bairro.
“Aqui é um bairro muito tranquilo, o nosso único problema é com relação ao ônibus. A gente sabe a hora que vai sair, mas nunca sabe a hora que vai chegar em casa, pois o ônibus nunca passa na hora. Eu já cheguei a ficar duas horas esperando o ônibus”, conta Maria Valdinéia Marins de Oliveira, moradora do Maria Teresa há três anos. Segundo ela, tirando esse problema, “aqui não se vê briga ou drogas; se tem, é muito escondido”.
No local há algumas mercearias e bares, no entanto, não há farmácias nem açougue, e os moradores têm que se deslocar para Conselheiro Paulino ou Centro.
Porém, como em todo bairro, pequenos problemas foram registrados, como, por exemplo, na Rua Porciúncula, onde as calçadas acumulam muito mato. Em outros canteiros também se observa o mesmo problema. Em algumas ruas também foi encontrado buracos e asfaltamento malconservado.
O bairro conta com a Escola Municipal Pastor Schlupp com ensino da alfabetização a quarta série e a Creche Municipal Edith dos Santos, que funciona na antiga sede da Associação de Moradores há dez anos. De acordo com moradores, as duas instituições atendem bem ao bairro.
“Nós tivemos, sim, problemas em janeiro, porém, sem maiores proporções como em outras localidades”, informou Oséias Gonçalves da Rosa, administrador e morador do bairro há 30 anos. Na tragédia de janeiro do ano passado, houve apenas um deslizamento de grande porte que atingiu seis casas, três na Rua Py e outras três na Rua Luiz Carestiato, contabilizando três mortos. Há algumas pedras soltas, que podem rolar ameaçando casas na rua de baixo. Na época, os moradores fizeram um mutirão e realizaram a limpeza do terreno e das canaletas, mas, de acordo com Oséias, “há necessidade que os órgãos competentes (Defesa Civil e geógrafos) façam um estudo detalhado para sabermos se estamos, ou não, em área de risco”.
A Associação de Moradores do Maria Teresa já entrou com ação no Ministério Público pedindo contenção de encostas. Com relação aos ônibus, Oséias diz que a associação está sempre em contato com a Faol e já pediu um fiscal no bairro para evitar o problema de atrasos na linha.
Outro ponto positivo da localidade é que todos os serviços básicos de infraestrutura são bem atendidos. Ronda policial, telefonia, TV a cabo e internet são itens importantes apontados pelos moradores. Além disso, o bairro conta com dois coletores de lixo seletivo, dando o exemplo de que é preciso separar o lixo para reciclagem.
Na antiga sede da associação de moradores há uma quadra poliesportiva para futebol de salão e basquete e duas saunas. A quadra foi construída através de recurso do governo federal com o “Programa Trabalho e Integração Social” e parceria com o Sesc Rio de Janeiro. No entanto, o pedido é que a Prefeitura faça uma manutenção na quadra para que os usuários possam desfrutar melhor dessa área de lazer.
Até o fechamento dessa edição não obtivemos resposta da Prefeitura ou da Faol em relação aos problemas citados.
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