Concerto nº 4 para violino e orquestra de cordas em Fá menor, RV 297 ou Inverno
Como vários outros compositores, Antonio Vivaldi também teve a natureza como fonte de inspiração. Os quatro concertos para violino, intitulado "As Quatro Estações”, é prova disso. Nascido em Veneza, em 1678, "Il prete rosso”, ou o "padre – sim, ele se ordenou padre – ruivo” foi um dos mais importantes compositores do período barroco. De seus mais de quatrocentos concertos – forma musical a que ele se dedicou, principalmente – pode-se dizer, com certeza, que as obras que compõem As Quatro Estações – Primavera, Verão, Outono e Inverno – são as mais famosas.
Como nos outros três concertos, em Inverno, Vivaldi se utiliza de uma grande variedade de timbres e efeitos instrumentais para levar os ouvintes a uma espécie de viagem à estação do ano. Não falta nada: o forte vento, o ranger dos dentes, uma reconfortante lareira... Através dos três movimentos – allegro non molto, largo e allegro – o "padre ruivo” nos brinda com uma maravilhosa obra que merece com certeza ser ouvida. Mais do que isso, merece ser "vista”, sentida. Mas não se restrinja ao Inverno, aproveite para "viajar” pelos riachos e pássaros da Primavera, o sol forte que antecede a tempestade do Verão e a festa dos camponeses pela boa colheita no Outono.
Inverno
Não, não se trata de uma canção falando das características da fria estação do ano. Mas "Inverno”, composta por Adriana Calcanhotto e pelo poeta Antonio Cícero, vale ser ouvida muitas vezes. A canção já tem quase 20 anos, foi lançada em 1994, no ótimo disco A Fábrica do Poema. O piano de Sasha Amback no final é um convite para usar o "rewind button”.
Quero que vá tudo pro inferno
Peça alguém para cantar uma música com a palavra "inverno”. Não será difícil que a canção lembrada seja "Quero que vá tudo pro inferno”, composta em 1965 – período da Jovem Guarda – por Roberto e Erasmo Carlos. Mesmo que a pessoa tenha menos de 30 anos. As frases "quero que você me aqueça neste inverno/e que tudo mais vá pro inferno” ficou gravada na história da música brasileira. A primeira é usada até hoje em comerciais, títulos de matérias etc. Vale relembrar os bons tempos do iê-iê-iê.
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