Desde a troca dos presentes a confraternização familiar em torno de uma mesa farta, o Natal possui diversas tradições e características bem próprias. No Brasil, pratos como peru, chester, tender, pernil, rabanada e nozes são os queridinhos da ceia. No entanto, além dessas delícias, há um item que é definidamente marca registrada do Natal: o panetone.
Originalmente feito de pão adocicado e frutas cristalizadas, a iguaria é um elemento da ceia natalina conhecido por se adequar ao bolso do cliente. Com preços bastante variados, é possível levar um panetone para casa por R$ 5. Mas como existem consumidores dispostos a desembolsar uma boa quantia pelo prato, alguns panetones também chegam a custar mais de R$ 40 cada.
Apesar de ter a presença confirmada em praticamente todas as mesas do Brasil no Natal, há quem não aprove o gosto das frutas cristalizadas. Pensando nisso, e para evitar que o item seja banido de muitas ceias por aí, foram criadas alternativas. Uma delas é o panetone de chocolate ou chocotone, como é mais conhecido. Afinal, se de fruta nem todo mundo gosta, com o chocolate a realidade é bem diferente. E, já que para a criatividade não há limites, há cada ano novas receitas de panetone são criadas. Além do tradicional e daquele que substitui as frutas por chocolate, atualmente também existem opções que adicionam doce de leite, trufa, sorvete, cerveja e ingredientes fit aos ingredientes. Sem contar com receitas mais ousadas, como pizza e paleta mexicana de panetone.
Entre as diversas explicações para a origem do prato está a de que o pão com frutas cristalizadas teria surgido em Milão e se popularizado após a comercialização por uma empresa de produtos alimentícios. Uma das histórias mais aceitas é a de que o primeiro panetone saiu de um dos fornos das diversas padarias da cidade, em meados de 1400 depois de Cristo. De acordo com essa versão, que já ganhou status de lenda, um jovem padeiro, apaixonado pela filha de seu patrão, elaborou uma versão rudimentar do pão doce para impressioná-lo. A iniciativa deu certo e a receita fez o maior sucesso entre os clientes do lugar, que pediam insistentemente pelo “Pani de Toni” (pão do Toni). Com o tempo, a palavra evoluiu para “panattón” (vocábulo milanês) e depois para “panetone” (italiano). A receita teria chegado ao Brasil no século 19 trazida por imigrantes europeus.
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