A historiadora e escritora Janaína Botelho—professora de História do Direito, da Universidade Candido Mendes—proferiu excelente palestra na última quarta-feira, 9, durante mais uma edição do ciclo “Quartas na História”, realização conjunta da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/NF), Sindicato do Comércio Varejista e movimento Nova Friburgo 200 Anos.
Falando sobre “A Belle Époque de Nova Friburgo”—durante o qual destacou o período entre o fim do século XIX e início do século XX—a pesquisadora brindou o público presente ao auditório da CDL/NF com uma verdadeira aula sobre como o clima e as águas de Nova Friburgo naquela época foram componentes especiais para promover uma efervescência socioeconômica e cultural no município, para onde se transferia boa parte da elite da capital Rio de Janeiro—uma cidade na época considera febril e doente, ao passo que Nova Friburgo era conceituada como a “Cidade Salubre”.
Pesquisadora sugere também que se edite uma síntese sobre a rica historiografia friburguense
Mas foi ao concluir sua exposição que a professora Janaína Botelho deixou registradas suas mais expressivas mensagens daquela noite, em tom de desafio neste período que falta para o bicentenário de Nova Friburgo.
Segundo ela, diante da farta publicação de obras sobre a rica historiografia friburguense, além das duas publicações de sua autoria, bem como obras a exemplo de A Gênese de Nova Friburgo, de Martins Nicoulin, Teia Serrana, sob a coordenação de João Raimundo de Souza; os trabalhos dos historiadores Clélio Erthal (Cantagalo), Raphael Jaccoud e Carlos Jayme Jaccoud e ainda diversos outros pesquisadores do tema, “já está na hora de pensarmos numa síntese histórica de Nova Friburgo”, defendeu.
Outra proposta da professora Janaína, que ela considera muito importante para manter o interesse pela preservação da memória histórica friburguense pelas próximas gerações, é o estabelecimento de uma disciplina específica para o ensino da História de Nova Friburgo na rede escolar do município.
Segundo Janaína, “não basta somente que a cada aniversário da cidade, os professores e as escolas se mobilizarem para trabalhos sobre a data”. Para ela, o ideal seria um trabalho contínuo sobre a História local com os estudantes friburguenses.
Presidente da CDL e do Sindicato do Comércio Varejista de Nova Friburgo, o empresário Braulio Rezende agradeceu a palestrante por sua participação no evento e reafirmou que ambas as entidades do comercio varejista, que abraçaram há três anos o movimento Nova Friburgo 200 Anos, pretendem mantê-lo como uma iniciativa de civismo, totalmente apartidário, como contribuição a muita ação que pode ser desenvolvida neste tempo que resta até os 200 anos, em 16 de maio de 2018.
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