A DEMORA do governo federal na indicação do novo ministro da Educação vem se somar à crise que se abate sobre o ensino no país, que vai da falta de profissionais à manutenção física das escolas, os salários do magistério, a alimentação escolar e outros fatores. Como ficou evidenciado na demissão de Cid Gomes da pasta, o Brasil é um país "mal-educado”.
ESTUDO PUBLICADO no fim de 2014 pelo Banco Mundial analisou cinco fatores determinantes do crescimento, todos ligados diretamente ao Estado: regulação governamental, prática de contratação e demissões de empregados, carga tributária e qualidade da educação primária. E num ranking de 131 países, o Brasil aparece em 126º lugar, bem atrás das nações que compõem o chamado Bric, ou seja, a China, em 41º; a Índia em 69º; a Rússia, em 71º lugar e a África do Sul em 79º lugar.
NO CASO ESPECÍFICO da educação, as ações governamentais sempre pecaram, ao longo do tempo, por tentar "reinventar a roda”, esquecendo que não existem fórmulas mágicas para educar. É bom lembrar que as avaliações sobre a educação no Brasil feitas por organismos internacionais são as piores, concluindo que a má qualidade das escolas é o que "freia” o desenvolvimento do país.
O GRANDE PROBLEMA da educação no Brasil começa na educação primária, que é de péssima qualidade e vive como mendigo. O próprio Ministério da Educação reconhece que investe seis vezes mais no aluno universitário do que no aluno de nível básico, o que é um absurdo numa nação onde a estrutura econômica é, por si só, exclusiva.
PRINCIPAL POLO de desenvolvimento da região Centro-Norte fluminense, Nova Friburgo oferece todas as condições de um ensino público completo, ampliando a formação profissional de friburguenses e dos municípios vizinhos com um ensino de terceiro grau de qualidade. Tal fato a transforma num novo filão para a educação e, com ela, uma variada gama de produtos e serviços. Ganha o aluno, ganha a cidade.
APESAR DE TODO o apoio ao ensino superior, o mesmo não se pode dizer do ensino médio, que ainda não oferece condições ideais de aprendizado, quer pela constante falta de professores na rede, quer pela dificuldade financeira de se estabelecer um ensino de qualidade. Da mesma forma, o ensino municipal ainda não conseguiu realizar a sonhada inclusão digital.
ASSIM COMO A SAÚDE, a educação é um constante desafio dos administradores e agora, com a proximidade da campanha eleitoral, os candidatos precisam considerar o computador não como um artigo de luxo e, sim, como ferramenta essencial para o aprendizado. Quem pensar de forma diferente perde o "bonde da história” e atrasa a educação em Nova Friburgo. Um desafio e um compromisso para os nossos políticos.
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