Os moradores do distrito de Riograndina têm enfrentado dificuldades ultimamente para conseguir medicamentos na farmácia da Unidade Básica de Saúde local. Segundo eles, há uma demanda grande para atendimentos com pediatras e ginecologistas. As grávidas, segundo eles, não têm assistência adequada. “É comum eu vir aqui e não encontrar remédios básicos, como o de controle da pressão arterial, que é de uso contínuo”, disse a moradora Valéria Nascimento.
A solução para esse problema, no entanto, pode estar próxima. A Prefeitura de Nova Friburgo informou que já está em fase de licitação o processo para compra desses insumos para a atenção básica. “É importante ressaltar que esta é a segunda licitação com o mesmo fim, já que na primeira muitos dos remédios foram dados como desertos, ou seja, nenhuma empresa ofertou preço para eles”, informou a prefeitura.
Alguns pacientes se queixam que não têm conseguido consultas para algumas especialidades médicas na unidade de saúde de Riograndina, embora o governo federal garanta que toda Unidade de Saúde Básica (UBS) funciona como a principal porta de entrada e centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde. “Em uma UBS, é possível receber atendimentos básicos e gratuitos em pediatria, ginecologia, clínica geral, enfermagem e odontologia. Os principais serviços oferecidos são consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico e encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica”, informou o governo federal.
“A respeito da falta de médicos, trata-se de um equívoco, pois a unidade conta com um clínico-geral, conforme é preconizado pelo Ministério da Saúde para os postos de saúde que atuam com ênfase no programa Estratégia de Saúde da Família (ESF). Este profissional é o responsável por identificar a necessidade dos pacientes durante o primeiro atendimento e encaminhá-los para os médicos especialistas, que atendem nas policlínicas espalhadas pelo município”.
Muitos pacientes reclamam que devido a distância de Riograndina para o distrito de Conselheiro Paulino e o Centro, enfrentam dificuldades quando precisam marcar consultas com especialistas em outras unidades credenciadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) em Nova Friburgo. “Riograndina tem uma grande população e precisava de um posto de saúde com mais médicos. Um clínico geral de plantão não dá conta. Muita gente aqui deixa de fazer tratamentos porque precisa se deslocar para o Centro e até mesmo para o posto de Olaria”, disse uma paciente.
“Quem usa remédios contínuos, já tem que gastar na farmácia, porque dificilmente os encontra na farmácia do posto. Se tiver que gastar com passagens de ônibus para ir a consulta em outro posto, aí fica mais difícil ainda”, reclamou outra moradora do distrito.
Deixe o seu comentário