Ouça a música e grave este nome: Ronalt Condack

Em apenas duas semanas, videoclipe de cantor friburguense já foi visto cerca de quatro mil vezes
domingo, 01 de abril de 2018
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)

“I don’t understand” foi lançada em novembro  passado e já foi ouvida mais de oito mil vezes no Spotify. No YouTube, em pouco mais de duas semanas, o clipe já teve quase quatro mil visualizações. Com apenas 23 anos, o cantor friburguense Ronalt Condack já trilha novos horizontes na carreira. O artista, foi o convidado do programa Bloco de Notas do site de A VOZ DA SERRA na última semana e comentou os bastidores do clipe e sua paixão pela música.

O sucesso do clipe é a confirmação de um trabalho de muito esforço?

Sim. Foi um trabalho bem complicado, demorou um bom tempo para ficar pronto. Comecei a produzir o clipe no primeiro semestre do ano passado, passei por muitas fases até chegar a conclusão do trabalho e lançar o videoclipe agora. Ficou muito bom.

E como surgiu a ideia do clipe?

Eu queria lançar o meu material, queria colocar o meu rosto no meu trabalho porque já tenho músicas lançadas e o material que tinha, até então, era puramente áudio. Com o clipe eu daria um rosto à minha música e quis mesmo dar a cara para bater, digamos assim. Falei com o Frank Rocha, um amigo e que tem uma produtora, a D Filmes, e ele viu com bons olhos essa ideia.

Você participou da produção do clipe?

Como eu faço jornalismo e gosto de produção, principalmente de elaborar roteiro, quis ficar a frente disso, mas tive a ajuda do Frank e também de um outro amigo, o Kaíque Thomaz. Finalizado o roteiro fomos para a parte da produção. No clipe eu tenho um envolvimento com uma garota, no caso, a atriz Lana Cler. Nós ensaiamos muito para que, no dia da gravação pudéssemos passar a mensagem desse envolvimento. Eu queria que o público visse esse comprometimento. Não é fácil quando tem cena de beijo. Não é só chegar e beijar. E o resultado, a meu ver, ficou ótimo.

Faz diferença quando o artista participa da produção do clipe. O resultado foi o que você desejou desde o início?

Como estou no início, essa fase é justamente para eu criar a minha identidade e conseguir passar isso para as pessoas que estão acompanhando o meu trabalho. É importante que eu me envolva na produção. O clipe ficou do jeito que eu queria.

Em algumas partes do clipe aparece uma galera dançando em volta de você. como foi para conseguir esse pessoal?

No início foi um pouco complicado, justamente porque eu não tinha algo de concreto para mostrar às pessoas. Para deixar o trabalho com a minha cara fui explicando o que eu queria e aos poucos consegui passar o objetivo do trabalho. Então o pessoal foi entendendo e gostando das ideias. Tivemos muitos ensaios, principalmente para a dança, para que tudo ficasse direitinho.

E tem profissional da dança no clipe?

Tem sim. Tem muito artista da dança bom. Além disso, eu descobri um projeto social muito legal chamado “Império das Negas”. Fiquei muito amigo da Maiara Felício, porta-voz e uma das cabeças do projeto. Eu queria muito a participação delas no clipe e a Maiara falou com o pessoal e tinha muita gente lá no dia da gravação. Fui trocando mensagens com o pessoal, dando dicas e explicando as minhas ideias e quando chegou a hora estava todo mundo bem afinado.

E como foi o dia de gravação?

Eu estava nervoso, mas quando chegamos ao Loft, um dos locais onde filmamos e vi aquela galera chegando, aquele pessoal bonito, tive a certeza que todos compraram a ideia do clipe e isso foi me deixando mais tranquilo. Tive a ajuda de muitos amigos também, ficou uma mistura ótima.

Gostou da mistura de profissionais e amigos no clipe?

Gostei. Fui juntando todo mundo que entendia de alguma coisa e cada um foi me ajudando na produção, outros amigos vieram para compor no vídeo junto com o pessoal da dança. E como a história conta a vida de uma mulher que é firme, poderosa, eu não quis me prender em um só lugar.

As filmagens foram todas em Friburgo?

Sim. As cenas de quarto e também de uma social foram filmadas na casa de uma amiga minha. Gravamos também no mirante do alto das Braunes e no Loft. Nesses dois últimos nós filmamos tudo em um dia. O trabalho envolveu diferentes equipes, troca de roupas e produção. No mirante, por exemplo, gravamos a cena na qual aparecemos em uma picape, dançando e cantando. Fizemos muitas imagens e no final queríamos colocar tudo. O pessoal da edição teve bastante trabalho.

Hoje você está com 23 anos e começou a carreira com 10. Já tinha imaginado que em 13 anos você já teria um clipe de tanto sucesso?

Eu sempre sonhei com isso, mas se eu ia conseguir era sempre uma dúvida. E eu corri atrás disso. Eu não tenho nenhuma influência musical na minha família. Trilhei esse caminho sozinho. Na própria questão do vídeo clipe foi assim. O que eu não sabia, aprendi. Até mesmo para lançar as músicas nas plataformas eu busquei ajuda.

E a sua música tem tido muitas visualizações nas redes sociais e plataformas...

Eu não imaginei que pudesse fazer tanto sucesso. Lancei a música em novembro e há duas semanas lancei o clipe. No Youtube a música já tem quase quatro mil visualizações e isso para mim que está começando agora, lançando músicas autorais, é muito gratificante.

Além de “I don’t understand”, quais são suas outras músicas?

Eu tenho a música “Sem você” que é a segunda mais tocada na minha lista do Spotify, e a música “Zero” que foi a primeira música que lancei, em 2012. Foi com essa música que  descobri a possibilidade de que eu poderia chegar a um estúdio. Estava acompanhando um amigo em uma gravação, me pediram para cantar e gostaram do que eu apresentei. Isso ficou marcado.

Fazer clipe vicia?

Vicia, sim. Estou finalizando uma música, que se tudo der certo, lançarei em abril e já estou produzindo um novo clipe, também.

 

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