Os problemas da memória

Por Thereza Freire Vieira (*)
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

A medicina tem melhorado muito a vida do ser humano, em quantidade de anos, e também melhorando a qualidade de vida. Há coisas, porém, que a medicina não pode fazer sem a ajuda do indivíduo, e apenas ele, respondendo com boa vontade, com interesse, poderá melhorar as suas condições físicas e mentais.

A maioria dos que envelhecem se preocupa com o declínio da memória, mas, no início – na fase do “me esqueci”, quando vai à cozinha e se esquece do que foi fazer lá, ou pequenas coisas, como se esquecer onde colocou a chave, enfim, coisas pequenas que não prejudicam em nada as suas atividades cotidianas –, não deve se preocupar, porque pode acontecer com os jovens. Porém, deve procurar um médico quando vai ao centro da cidade e não sabe voltar para casa ou deixa o fogo aceso e sempre se esquece de apagar. São coisas que podem acontecer casualmente, mas, se persistirem, tornando-se um hábito, é porque realmente está havendo um declínio progressivo da memória. São coisas que, se descobertas no início, poderão ser corrigidas ou melhoradas.

É bom procurar um médico para uma avaliação.

Não esperar para ir ou para levar os seus idosos ao médico quando já estiverem com uma síndrome demencial.

Se seguissem uma orientação profissional quando surgissem os sintomas do c1imatério, as mulheres poderiam ter uma vida ativa, continuar seus trabalhos e atividades habituais, sem os problemas que advêm do desequilíbrio hormonal e entrariam sem grandes sintomas na velhice.

Há muitas coisas que podem ser feitas para manter a memória o melhor possível. Hábitos que para muitos nada têm a ver com a memória, mas que seguidos vão melhorar as condições físicas e mentais. Como, por exemplo, a prática de esportes, ou pelo menos uma caminhada de trinta minutos diariamente, uma dieta equilibrada, normal, com verduras, legumes, frutas e proteínas; podem comer queijo tranquilamente, sem medo de prejudicar a memória. Manter um sono normal também é muito bom para a melhora da memória, pois, se a pessoa não tem o sono normal, como é que o cérebro vai assimilar as coisas que aprendeu durante o dia?

(*) – Médica Geriatra e escritora,

colaboradora de jornais e revistas.

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