Não é o emprego dos sonhos, mas... não custa experimentar! (Pelo menos é o que dizem...)
De acordo com o site americano Cracked, existem cinco empregos que todos deveriam ter durante sua vida: garçom, serviço de teleatendimento, algo em que você tenha muito poder, alguma coisa em que você tenha que fazer serviço braçal intensivo e trabalhar com crianças. Bom, pelo menos um a gente já pode riscar da lista. E, pra falar a verdade, foi o suficiente pra uma vida.
Mãe por quatro dias
Priscilla Franco
Não tive ainda o prazer e o descuido de me tornar mãe, mas vivi por alguns dias a experiência de ser responsável por uma criança. Minha cunhada esteve internada para dar luz à segunda filha e me confiou seu mais velho: uma pequena espoleta de dois aninhos. Quatro dias foram suficientes para me fazer admirar a coragem e paciência da irmã do meu noivo. Cuidar de um menino que ainda está descobrindo o mundo é um desafio. Partir para o segundo filho, já sabendo tudo o que lhe aguarda, exige uma disposição incrível.
Entre mamadeiras, fraldas e bagunças, descobri muito sobre o universo infantil nesta pequena imersão: crianças nesta idade podem ser extremamente traiçoeiras. Elas esperam aquele pequeno descuido para desligar o seu computador e fazê-lo perder aquele trabalho de dias. E você vai olhar aquela carinha travessa e será incapaz de repreendê-las por isso. Elas são capazes de esperar pacientemente você arrumar a casa inteira para, em seguida, espalhar todos os brinquedos pelo chão, impiedosamente.
Crianças são também extremamente sinceras. Elas não terão a menor consideração pelas horas que você passou na cozinha, e simplesmente se recusarão a comer, se não tiverem apetite. Farão uma careta medonha se não gostarem daquele suco de laranja com mamão que você fez com todo carinho. E você ficará preocupado, pensando em um milhão de alternativas para convencê-las a se alimentar direitinho.
Concluí que ser mãe é, definitivamente, um sacerdócio. Foram noites interrompidas por pezinhos nas minhas costelas, ou pela preocupação de saber o motivo de uma tosse. Nesses dias esqueci os festejos de fim de ano e recusei, com algum pesar, convites dos meus amigos. Mas se a experiência me fez pensar que devo esperar mais um pouco até ter os meus próprios pirralhinhos, posso dizer que já estou com saudades da vida barulhenta, insone, de músicas repetitivas e cheirinho de talco. Esqueçam as aulas de ciência no ensino fundamental! Quer convencer alguém sobre a importância da maternidade responsável? Confie-lhe meu sobrinho.
FRASE DA SEMANA
“Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda a nossa vida.”
Mahatma Gandhi
LEMBRA DISSO?
Leonardo Lima
“Fantasia no ar...”. Quem não se lembra dessa musiquinha para lá de enjoada que tocava toda vez que era iniciado esse programa? A atração estreou em 1997 no SBT e foi inspirado no programa italiano “50 mulheres”. Através do Fantasia, diversas modelos seguiram carreira na televisão. A primeira temporada foi a de maior sucesso. Ela foi comandada por, entre outras apresentadoras, Jackeline Petkovic, que mais tarde substituiu Eliana no Bom Dia & Cia. Outros nomes já consagrados na emissora também apresentaram o programa como Caco Rodrigues e Celso Portiolli.
O Fantasia nada mais era do que um programa interativo onde o telespectador ligava e participava de gincanas que valiam prêmios. Entre os jogos estavam: “Qual é o preço?”, onde era necessário acertar o valor das mercadorias expostas; “As cinco mais votadas”, onde havia uma pergunta subjetiva e o telespectador deveria acertas quais foram as respostas mais indicadas; além de brincadeiras tradicionais como bingo, batalha naval, e jogos da velha e de cartas. Na segunda temporada, em 1998, o programa passou a ser apresentado por Carla Perez e ficou mais marcado pelas gafes da dançarina (como “i de iscola” e “e de esqueiro”) do que pela audiência.
Em 2000 houve uma nova tentativa de reeditar a atração. A aposta em nomes de peso da emissora como Celso Portiolli, Márcia Goldschmidt, Christina Rocha e Otávio Mesquita também não foi capaz de resgatar o sucesso de anos atrás. A última temporada de Fantasia aconteceu entre 2007 e 2008 e foi apresentada por Caco Rodrigues e Helen Ganzarolli. Em uma edição Caco anunciou a chegada de uma nova participante e pediu que mulheres de todo o país enviassem material para participar do programa. Ele não fora avisado, porém, que aquela era a última edição do Fantasia.
LI, VI E OUVI
Amine Silvares
Li: O livro mais vendido do Brasil, apesar de polêmico, não está tendo a cobertura que merece da imprensa nacional. “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr, expõe esquemas suspeitos do PSDB envolvendo nomes do alto escalão do partido, como José Serra. O livro se esgotou e vendeu 30 mil cópias antes de completar uma semana de lançado. Ao contrário da grande mídia, que muitas vezes especula e denuncia sem provas, “Privataria” vem recheado de evidências para comprovar as acusações feitas. Os preços variam entre R$24 e R$40.
Vi: A oitava temporada da série médica estadunidense House está ótima. Achei que a sétima não tinha sido tão boa, mas parece que os roteiristas se redimiram. Quem não conhece o médico mais inteligente e sádico da TV precisa assistir às sete primeiras temporadas, que já estão à venda e também disponíveis nas locadoras. Se não me engano, a Record passou algumas temporadas, mas programa dublado não tem a menor graça. Se você não quer spoilers, pare de ler por aqui. A oitava temporada mostra Gregory House recém-saído da prisão, tentando reconstruir a sua carreira, mas sem contar com as liberdades que tinha antes. Sem estagiários e seu escritório, ele agora tenta recuperar o que perdeu, de preferência zombando dos outros (especialmente do Wilson).
Ouvi: O grupo britânico Florence + The Machine lançou no fim do ano passado o seu segundo CD, “Cerimonials”. A cantora Florence Welsh brinca com toda a sua potência vocal e interpreta as músicas com emoção. Destaque para “What the Water Gave Me”, “Lover to Lover”, “All This and Heaven Too” e o single “No Light, No Light”, que causou polêmica com seu videoclipe. “Cerimonials” é introspectivo, mas não é monótono.
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