Eita coisinha cretina!
Que finalzinho cretino aquele da novela das 21h, hein? Alguém imaginava? Alguém gostou? Troféu de melhor personagem vai pra tia Neném, que era chegada nuns bons drinques e numa fofoquinha. Mas, pelo menos, acabou a paixão ofegante entre o “meu amor” (Pedro) e o “meu amor” (Marina). Temos certeza de que o Bruno Pedretti, de onde quer que ele esteja, assistirá “Fina Estampa” só por causa do Malvino Salvador. Aliás, fotos do Malvino (sem camisa, é claro), podem ser enviadas para o e-mail osfocas@avozdaserra.com.br.
As coleções de Rogério Albertini
Leonardo Lima
Apaixonado por qualquer tipo de coleção, o carteiro Rogério Albertini guarda em sua casa brinquedos e objetos que muitas pessoas nem lembram mais que um dia existiram. Conhecer seu acervo é uma verdadeira sessão de saudosismo de décadas passadas. Atari, Telejogo, Motorama, Velocípede, Cai-não-cai, Genus, Pega-Varetas. Estes são alguns dos inúmeros itens de sua vasta coleção. “Minha intenção era guardar estes brinquedos para mostrar ao meu filho quando ele estivesse mais velho. Queria que ele visse o que fez parte da minha infância”, diz Rogério.
Ele se desdobra como pode para manter sua paixão. Em uma visita ao seu acervo, chama atenção o estado de conservação dos brinquedos. “Todos estão funcionando. Recebo muitas doações e, se daqui a dez anos a pessoa vier aqui, vai ver que eles estão do mesmo jeito”, garante. Para isso, ele conta que há um cuidado em especial. “Eles só estão bem conservados porque nunca deixei meus filhos brincarem sozinhos. Não é egoísmo, mas acontece que também já fui criança e sei que brinquedos nas mãos delas não duram muito tempo”, explica.
Com o surgimento da internet, Rogério acredita que a aquisição de novos artigos se tornou ainda mais fácil. “Já comprei de gente do Amazonas e do Paraná, por exemplo. Às vezes você tem um brinquedo repetido e pode trocar, fazer um intercâmbio”, conta. Questionado se aceitaria negociar algum brinquedo, ele responde que o apreço que tem por eles fala mais alto. “Tento relutar até o último momento. O que prevalece não é o valor financeiro e sim o sentimental. A minha intenção é aumentar a coleção e não me desfazer dela”, comenta Rogério, que aponta seus artigos favoritos: uma bola Dente de Ouro da década de 80, o primeiro videogame “caseiro” que foi comercializado e um disco do Capitão Aza. “Me recordo com saudade dos desenhos dele na antiga TV Tupi, na década de 70. Marcou muito, especialmente para quem hoje tem uns 40, 45 anos”, relembra.
FRASE DA SEMANA
“Vivemos num país onde as pessoas estão mais preocupadas com quem matou a Norma do que com quem matou Patrícia Acioli”
Autor desconhecido
LEMBRA DISSO?
Amine Silvares
Acho que a primeira vez que eu realmente comecei a prestar atenção num artista ou banda foi quando as Spice Girls apareceram. Elas eram diferentes de tudo que eu estava acostumada a ver. Primeiro, era um grupo formado só por garotas. Segundo, pra uma pessoa que estava acostumada com sertanejo e pagode (eu morava na roça, gente. Só tocava isso na rádio. Era muito sofrido), música pop é uma tremenda mudança.
A primeira música que escutei foi “Say You’ll Be There”, aquela que tem o clipe no deserto, e foi amor à primeira vista. Depois vieram “Wannabe”, “2 Become 1” e “Who Do You Think You Are”. Eu tinha um cassete do primeiro disco e sabia cantar (na medida do possível) e dançar todas as músicas. Quando elas vieram ao Brasil, em 1997, imaginem o meu sofrimento, aos nove anos de idade, ao descobrir que: 1) elas não iriam passar nem perto do Rio de Janeiro; 2) meus pais não iam me levar até o Amazonas para conhecê-las.
O segundo CD, o Spice World, foi pra coroar a minha felicidade. “Spice Up Your Life”, “Stop” (que tinha um visual lindo!) e “Too Much” estouraram. Vieram os clipes, um show exibido na Globo—que a minha mãe gravou pra mim em VHS—, as bonecas, a moto, a câmera fotográfica. Pena que eu não tinha dinheiro pra comprar essas coisas, mas enfim... E teve o filme. Aquele filme péssimo, mas que eu quase roubei da locadora porque queria assistir todos os dias. De vez em quando, a HBO desenterra essa obra-prima e passa de madrugada.
Quando a Geri (a ruiva) saiu do grupo em 1998, eu fiquei arrasada. Eu tinha uma pasta cheia de revistas, fotos e reportagens. Os pôsteres ficam colados nas paredes, pra desgosto total da minha irmã mais velha. E que atire a primeira pedra quem nunca montou um grupinho cover com as amigas. Quando elas voltaram, em 2008, eu jurei que iria ao show, caso elas passassem pelo Brasil. Sabe como é, trauma de infância por não ter ido a uma apresentação quando criança. Infelizmente, elas não vieram e não devem fazer mais shows juntas.
LI, VI E OUVI
Priscilla Franco
Li: As incessantes postagens da atriz Luana Piovani no Twitter em resposta aos seguidores que criticavam sua postura com os paparazzi. A moça não economizou nos xingamentos e frases impossíveis de serem repetidas. Ironicamente, o endereço eletrônico de Luana no microblog é @sigapiovani. É aconselhável, porém, não segui-la portando uma filmadora ou câmera fotográfica.
Vi: Eu e o Brasil inteiro paramos para assistir ao final de Insensato Coração. O último capítulo, recheado de cenas de ação, além de casamentos e bebês para não fugir à tradição, não surpreendeu. O autor jogou para a plateia, dando aos personagens o desfecho que o público queria. O bem triunfou, os malfeitores morreram ou foram presos, a perua adúltera passou a servir cafezinho e a patricinha afetada encarou os serviços comunitários. O que seria de nós, meros mortais, sem a ficção para nos vingar dos picaretas?
Ouvi: O hit “Bebe Negão”, sucesso absoluto no YouTube, composto e interpretado pelo impagável humorista Renato Fechine. Em ritmo de reggae, “negão” enumera os motivos que o levam a beber, que vão da briga com a vizinha à batida da laje, passando por todos os “pobremas”, dívidas e “angústrias”, com direito a solo de guitarra dedicado ao gerente do banco. Apesar de circular a algum tempo na internet, a música se faz extremamente atual quando cita “a crise monetária internacional” como um dos motivos da bebedeira. Dá para imaginar o presidente norte-americano participando do brinde. Para ouvir, pesquise por “Bebe Negão” no YouTube (www.youtube.com).
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