Ah, os mistérios de tanta gente!
Um dos grandes problemas do século XXI é que as pessoas são ignorantes e não têm medo de mostrar isso. Aliás, muitas até têm orgulho. Sério. Tem gente que tem orgulho do fato de nunca ter terminado de ler um livro (isso quando não afirmam que nunca nem começaram). Mas, como é que essa gente passou na seleção natural? Como se reproduzem? O que comem? Tudo isso e muito mais na próxima sexta, no Globo Repórter.
As melhores invenções da humanidade
Priscilla Franco
A estação mais brasileira de todas demorou a mostrar a que veio. Mas agora parece que o termômetro decidiu não sair da casa dos trinta graus, e tanto calor significa uma vontade irresistível de permanecer em ambientes climatizados, ou sob a refrescância de um ventilador, saboreando um picolé. Mas você sabe a quem agradecer por essas delícias e em que circunstâncias elas foram inventadas?
Difícil imaginar a vida antes de 1882, ano em que o primeiro ventilador soprou. Foi o norte-americano Schuyler Wheeler quem inventou o dispositivo capaz de converter energia mecânica de rotação em aumento de pressão do ar. A primeira versão doméstica desta maravilha, porém, é carioca, e foi patenteada no ano seguinte por Américo Cincinatto Lopes, de acordo com o livro “A Vida Cotidiana no Brasil Nacional”, editado pelo Centro de Memória da Eletricidade, da Eletrobras.
Já quem prefere o poder milagroso do ar-condicionado deve agradecer ao engenheiro Willis Carrier, que com apenas 25 anos inventou um processo mecânico para condicionar o ar. Isso aconteceu em 1902, na cidade de Syracuse, em Nova York. Carrier trabalhava para a empresa metalúrgica Buffalo Forge, e iniciou experiências com o condicionamento de ar para tentar solucionar um problema prático da empresa gráfica Sackett-Wihelms, que tinha seu trabalho prejudicado pelas altas temperaturas no verão.
Contrariando essas engenhocas, outro facilitador do verão surgiu de maneira absolutamente acidental. Foi uma criança de onze anos quem inventou o picolé, depois de deixar sua mistura de suco em pó diluída na varanda de sua casa, junto com o palito que era usado para misturar a bebida. O ano era 1905, a criança, Frank Epperson, e na cidade de São Francisco (EUA) fazia um frio descomunal. Quando acordou na manhã seguinte, Frank descobriu que o suco havia congelado, criando um delicioso gelo sabor de frutas que ele patenteou dezoito anos mais tarde.
Finalmente, o agradecimento vai para povos primitivos quando todo esse calor se transforma em chuva: surgiu há mais ou menos 3400 anos a primeira versão do que conhecemos hoje por guarda-chuva. Os primeiros artefatos eram utilizados na Mesopotâmia, porém, para proteger do sol as nobres cabeças dos reis, e eram feitos de folhas de palmeiras, plumas e papiros.
FRASE DA SEMANA
“Tudo o que fazemos está ligado ao dinheiro. Eu sou uma mercadoria e tenho plena consciência disso” (Marlon Brando)
LI, VI E OUVI
Amine Silvares
LI: “As Crônicas de Gelo e Fogo” do escritor George R.R. Martin foram originalmente publicadas em 1996 e no ano passado viraram a série de sucesso “Game of Thrones”, na HBO. Os livros contam a história de Westeros, onde as estações podem durar anos, algumas vezes décadas. Os livros contam as histórias das violentas lutas de sucessão entre famílias nobres para o controle do Trono de Ferro. Ao todo, Martin já lançou cinco livros, mas afirmou que tem planos de lançar, pelo menos, mais dois. No Brasil, quatro já estão à venda. O primeiro livro, “A Guerra dos Tronos”, inspirou a primeira temporada da série do canal americano e a segunda temporada estreia em abril. Apesar de a adaptação ser muito bem feita, o livro ainda é mais completo, além de ser uma leitura emocionante.
VI: A rapper britânica M.I.A. lançou na sexta, 3, música e clipe novos. “Bad Girls” foi lançada originalmente numa versão menor em 2010 na mixtape Vicki Leekx, mas só ganhou clipe agora. E que clipe! Dirigido por Romain Gavras, filho do diretor Costa-Gavras, o mesmo do polêmico “Born Free”, “Bad Girls” faz uma provocação à lei na Arábia Saudita que proíbe mulheres de dirigir. O vídeo de pouco mais de quatro minutos mostra belos cenários do Marrocos, com homens e mulheres mostrando sua destreza por trás do volante em manobras arriscadas. A música também é bem dançante, misturando hip-hop com sons árabes e prova que M.I.A. é uma das melhores rappers da atualidade, podendo rivalizar facilmente com grandes nomes como Jay-Z e Kanye West.
OUVI: “Give Me All Your Luvin’” é o novo single da Madonna. Confesso que não gostei muito da música da primeira vez em que escutei, mas dei uma chance e até estou gostando bastante. Consegui uma versão clean (sem a participação da M.I.A. e da Nicki Minaj) e parece que ficou melhor, apesar de gostar bastante das duas rappers. Não era o que eu esperava (“Confessions” era tão bom. Ela podia ter seguido aquela linha), como hino cheerleader é bem mais ou menos, porém funciona muito bem como música pop chiclete. Dizem que é a música mais diferente do “MDNA”, seu 12º álbum de inéditas, que o resto é realmente mais eletrônico e só nos resta esperar até março para descobrir (ou até vazar on-line, para desespero da rainha do pop).
LEMBRA DISSO?
Leonardo Lima
Envolvendo três clubes cariocas pela primeira vez na história, a Copa Libertadores deste ano promete fortes emoções para os brasileiros. Flamengo, Fluminense, Vasco, Corinthians, Internacional e o atual campeão Santos buscam o título continental e uma vaga no Mundial de Clubes da Fifa. Há tempos os times da América do Sul dão prioridade à disputa da Libertadores, mas diversos outros torneios entre clubes organizados pela Confederação Sul-Americana de Futebol já mexeram com o coração de muitos torcedores.
Um desses torneios foi a Copa Mercosul, realizada entre os anos de 1998 e 2001, que reunia times de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile. A competição foi criada para substituir a extinta Copa Conmenbol e seus integrantes eram escolhidos pela emissora de televisão que a patrocinava. Nas quatro edições, o Brasil teve sete finalistas e três campeões. No primeiro ano o Palmeiras bateu o Cruzeiro na final que foi disputada em uma melhor de três jogos. Derrota por 2 a 1 no primeiro encontro e vitórias por 3 a 1 e 1 a 0 em seguida.
Já em 1999 foi a vez do Flamengo levantar o segundo troféu mais importante da América. A vítima na final foi o então campeão Palmeiras. Triunfos rubro-negros por 4 a 3, no Maracanã, e empate em 3 a 3, no Estádio Palestra Itália, em São Paulo. O gol do título da equipe carioca foi marcado no fim da partida pelo atacante Lê. No ano seguinte, quem festejou foi a torcida vascaína, também em cima do Palmeiras. Após uma vitória por 2 a 0 e uma derrota pelo placar mínimo, a grande final foi disputada mais uma vez no Palestra Itália. Depois de um péssimo primeiro tempo, o Vasco foi para o intervalo com um 3 a 0 adverso. Poucos acreditavam em uma reação, mas em uma noite inspirada do baixinho Romário, a equipe cruzmaltina virou o placar e ficou com o título.
A final da última edição da Copa Mercosul foi disputada entre Flamengo, que buscava o bicampeonato, e o San Lorenzo, da Argentina. Após dois empates, 0 a 0 no Rio de Janeiro e 1 a 1 em Buenos Aires, a decisão foi para os pênaltis e a equipe brasileira levou a pior. A partir de 2002 a Conmembol substituiu a competição pela Copa Sul-Americana, que por sinal nunca atingiu a mesma popularidade.
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