CALOR E FÉRIAS PRA QUEM, CARA PÁLIDA?
Fim de ano, verão, calor, férias. Calor e férias pra quem, cara pálida? Em Nova Friburgo há dois tipos de clima: o frio e a chuva, que trazem uma queda na temperatura... Então, fica tudo na mesma. E férias é apenas um sonho distante, que deve acontecer em algum momento de 2012, de preferência antes do fim do mundo.
Aliás, o que você colocaria no seu kit de fim do mundo (considerando que o “fim do mundo” não é literal e que uma parte da população vai sobreviver, inclusive você?). A gente já começou a estocar mantimentos, mas aceitamos sugestões que devem ser enviadas para o e-mail osfocas@avozdaserra.com.br.
Orkutizou!
Amine Silvares
Então quer dizer que o Facebook tá chato, que tá “orkutizando”. As reclamações, claro, vêm das mesmas pessoas que postam 300 fotos com um texto e uma seta apontando pra sua foto. Ou que compartilham os arquivos de perfis como “O melhor do melhor do mundo” e “Conectado com Deus”. O problema não é fazer, o problema é fazer e reclamar dos outros.
Pois eu vou reclamar dos reclamões. Vocês são muito mais chatos. Vocês reclamam de coisas que fazem e acham divertidíssimo, mas que os outros, por algum motivo que me escapa, não podem fazer. Eu também adoraria parar de ver imagens com piadas de cinco anos atrás, porém ninguém parece ligar pra isso.
Ofereço três soluções—e a primeira é: delete a sua conta. Você não vai mais ser bombardeado diariamente com solicitações de fazendas, restaurantes, máfias, bichinhos ou qualquer outro joguinho irritante da moda, além de ser poupado de ver o vídeo do “Tapa na Pantera” seguido de um “kkkkkkkk sem comentários!”. Uma solução rápida, fácil e indolor.
A segunda solução é delete/bloqueie conteúdo/usuários. Na sua timeline, no cantinho superior direito de cada postagem aparece uma setinha quando se passa o mouse pelo local. A setinha se transforma numa guia que oferece as opções de bloquear postagens do usuário e o melhor de tudo é que ele nunca vai ficar sabendo. Com a última atualização do Facebook também é possível destacar postagens interessantes no canto superior esquerdo.
A terceira solução que proponho é: pare de reclamar. Você adicionou o infeliz porque quis. Podia ter deletado e bloqueado. Quando adicionamos alguém, ela não vira apenas um número e um contato na sua lista de amigos para fazer volume. Falta entender que as pessoas vão postar todo tipo de conteúdo, gostemos nós ou não. Já bloqueei inúmeros aplicativos e deletei algumas pessoas. Chato? Um pouco, mas confesso que foi um alívio.
Acima de tudo, um aviso: não existe privacidade na internet. As suas fotos, onde você vai, com quem, o que faz, tudo pode parar na rede. Tem gente que conta a vida toda e reclama de fofoca, mas ó as dicas dali de cima. Se quiser privacidade, o jeito é deletar a conta ou, pelo menos, não ficar contando tudo que faz. Vídeos pessoais e fotos explícitas podem acabar vindo à tona. Altere suas configurações de privacidade também, para evitar dor de cabeça. Se até o dono do Facebook teve a conta hackeada, imagine o que pode acontecer com você?
FRASE DA SEMANA
“Nova Friburgo é a Suíça Brasileira não pela colonização, mas pelo estado das ruas, que mais parecem um queijo suíço.”
Amine Silvares
LEMBRA DISSO?
Priscilla Franco
Se com os celulares aos poucos as pessoas esquecem a existência dos orelhões, certamente muitas delas nem se lembram que antigamente só existia uma maneira de fazer uma ligação quando se estava fora de casa: a menos que a pessoa do outro lado da linha não se importasse em atender uma ligação a cobrar, era necessário sacar algumas fichinhas do bolso.
As fichas telefônicas surgiram no Brasil nos anos 60. Semelhantes a moedas, seu diâmetro variava de 20 a 30 mm e eram feitas de metais como ferro, latão e cobre. Nelas vinham gravados os nomes da companhia telefônica e da região onde foram compradas.
A princípio, cada orelhão aceitava um tipo diferente de ficha para seu funcionamento, o que causava muita confusão. Em 1970, a Companhia Telefônica Brasileira fez com que elas tivessem um padrão exclusivo para cada área de atendimento. Posteriormente foram instituídos apenas dois tipos diferentes de fichas para todo o território brasileiro: as de ligações interurbanas, que deviam ser usadas apenas em telefones públicos azuis, e as de ligações locais, para telefones vermelhos.
No início dos anos 90, devido aos custos altos para manutenção e recolhimento das fichas, a empresa Telebrás atendeu as preces de todos os que já não se conformavam em perder suas fichinhas, e as substituiu por cartões telefônicos. Hoje elas só encontram utilidade entre itens de colecionadores—e para compor uma expressão popular muito comum no repertório do brasileiro: “caiu a ficha?”.
LI, VI E OUVI
Leonardo Lima
LI: O jornalista esportivo Paulo Vinícius Coelho reuniu em “Bola Fora: A história do êxodo do futebol brasileiro” a trajetória de vários atletas que foram atuar em times do exterior. Embora hoje se fale muito da venda de jogadores para os times europeus, esse tipo de transação começou há décadas. No livro, PVC revela fatos inéditos dessas transações milionárias, como os bastidores da ida de Falcão para a Roma nos anos 80, e a de Pelé para o Cosmos, dos Estados Unidos, em 1977. “Bola Fora” traz ainda tabelas com as negociações mais milionárias e a lista dos jogadores de todos os tempos que atuaram ou atuam no mercado europeu, até 2009.
VI: A vitória do brasileiro Júnior Cigano dos Santos sobre o então campeão dos pesos pesados do Ultimate Fighting Championship, o americano descendente de mexicanos Cain Valasquez, foi um marco para a história das artes marciais do país. O combate foi o primeiro transmitido pela Rede Globo e, certamente, mudou o conceito que muita gente tinha sobre o MMA (Artes Marciais Mistas). Além de Cigano, o novo campeão dos pesos pesados, nomes como Anderson Silva, Vitor Belfort, Lyoto Machida e José Aldo estão cada vez mais conhecidos pelos brasileiros. Se o Brasil é o país do futebol, também pode ser considerado o país das artes marciais. Os lutadores nascidos aqui fazem a cada dia mais sucesso no exterior. O reconhecimento que antes era obtido apenas fora do país, também começa a ser conquistado no cenário esportivo nacional.
OUVI: Intitulado “Subjetos Sonoros”, o primeiro trabalho musical do artista e produtor Bruno Oliveira pode ser definido como a síntese de suas impressões sobre o ambiente de criação da serra. A produção mescla técnicas de sound design com abstrações artísticas, batidas eletrônicas, camadas de synths virtuais, além de bases e solos de violão. Todas as canções podem ser ouvidas em seu site: www.artefa.com.br.
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