O coleguinha Léo Lima aproveitou a semana para expor um problema que o acometeu durante a infância, adolescência e vida adulta. Enfim, ele não tem muita moral em lugar nenhum. Se você ficou com pena ou quer dar mais uma zoada, o nosso e-mail é osfocas@avozdaserra.com.br.
Bullying: quando a brincadeira extrapola os limites
Leonardo Lima
Você, leitor de Os Focas, pode até não ter passado por esse problema, mas certamente conhece alguém que já passou. Recentemente fez sucesso no YouTube o vídeo de um garoto obeso que era humilhado por um “colega” de classe. Cansado de ouvir insultos e até mesmo ser agredido, o gordinho perdeu a paciência e revidou. A repercussão do vídeo foi tanta que o garoto foi convidado para dar entrevistas a diversos veículos e foi aclamado como um verdadeiro herói, principalmente por pessoas que também sofrem o mesmo problema.
Porém, ao contrário do que muitos pensam, o bullying não ocorre somente em ambientes escolares, mas também em locais de trabalho, vizinhança e até mesmo entre povos e países. São comuns casos de adultos que carregam consigo traumas adquiridos na infância e na adolescência. Essas marcas se evidenciam em alguns comportamentos no convívio social, como na dificuldade de lidar com perdas e nas relações afetivas e até mesmo sexuais.
De acordo com a psicóloga e professora Márcia Pedro, além de acarretar danos para a vítima, o bullying revela também distúrbios na personalidade de quem o pratica. “O problema não está apenas no alvo, mas também no seu autor. Normalmente esse comportamento é reflexo de uma família agressiva, que não sabe lidar diretamente com situações de conflito. Esse agressor só sente segurança desqualificando, excluindo, intimidando, isolando o outro. Ambos precisam de acompanhamento”, explica Márcia.
Segundo ela, a criança passa por um processo constante de desenvolvimento da personalidade e a opinião do grupo se faz muito importante. A rejeição provoca marcas no seu autoconceito e gera, muitas vezes, depressão, perda de vontade de ir à escola, e, em alguns casos, o abandono do ano letivo. “O papel da escola nesses casos é de realizar um trabalho de prevenção, orientando as crianças dominadoras e comunicando às suas respectivas famílias. É necessário evitar que estas características sejam carregadas por toda a vida. O bullying é muito mais comum do que se imagina”, orienta a psicóloga.
FRASE DA SEMANA
“Mais virgindades perderam-se pela curiosidade do que pelo amor”
Autor desconhecido
LEMBRA DISSO?
Amine Silvares
Quem foi criança nos anos 90 nunca vai se esquecer da melhor banda da década, as Mamonas Assassinas. Com seu bom humor, eles conseguiram sair em turnê e se apresentaram nos principais programas da década, como Jô Soares, Domingo Legal, Programa Livre, Domingão do Faustão e Xuxa Park. O cachê, obviamente, virou um dos mais caros do país e a EMI, gravadora do grupo, ganhou cerca de R$80 milhões com a banda. No auge, a banda chegou a vender 100 mil cópias a cada dois dias.
E o único CD lançado durante a existência da banda era todo bom. Tem até a base de “Should I Stay or Should I Go”, do The Clash, na música “Chopis Centis”. Acho que ainda sei cantar todas as músicas. Eles eternizaram diversos clássicos no rock nacional, como “Pelados em Santos”, “Robocop Gay”, “Vira-Vira” e “Sabão Crá-Crá”.
Tudo era alegria e felicidade até a trágica noite de 2 de março de 1996, quando um avião fretado pela banda, que tinha saído de Brasília com destino a Guarulhos, bateu na Serra da Cantareira. A aeronave, que deveria ter pousado no Aeroporto de Cumbica, ao invés de fazer uma curva para a direita, fez para a esquerda, o que causou o trágico acidente. Todos os ocupantes morreram com a colisão.
O enterro dos Mamonas é uma daquela coisas que eu não consigo esquecer. O Gugu passou o domingo mostrando a fila de pessoas que queria se despedir da banda. Durante pelo menos um mês, todos os programas faziam homenagens e vários artistas prestaram seus tributos. Os Titãs dedicaram seu álbum Acústico MTV de 1997 aos Mamonas Assassinas e dois anos mais tarde eles regravaram o sucesso “Pelados em Santos”. Até no desenho Mega Liga MTV de VJs Paladinos a banda volta do além para impedir o planos malévolos do vilão Roberto Leal.
LI, VI E OUVI
Bruno Pedretti
LI: Em “Volta ao mundo numa bicicleta ergométrica”, Derico Sciotti, saxofonista do programa Jô Soares, apresenta a história que sempre pensou em escrever: um homem que literalmente viaja na maionese enquanto se exercita. Para o autor, o livro retrata um pouco de sua viagem pessoal, do que gostaria de ter presenciado, das pessoas que gostaria de ter conhecido e das experiências que gostaria de ter vivido.
VI: “Se beber não case 2”. Depois de uma farra inesquecível em Las Vegas, Phil (Bradley Cooper), Stu (Ed Helms), Alan (Zach Galifianakis) e Doug (Justin Bartha) seguiram com suas vidas. Mas o bom e velho Stu está disposto a se casar novamente, desta vez com Lauren (Jamie Chung) e o local escolhido para a cerimônia foi a exótica Tailândia. Mas o que era para ser uma simples despedida de solteiro acabou se transformando em outra aventura muito louca, só que agora num país diferente, com suas próprias regras e a promessa de ser “marcante”. Uma ótima indicação para os admiradores de filmes de comédia.
OUVI: Um dos maiores sambistas da nova geração. Trata-se de Diogo Nogueira, o filho do saudoso João Nogueira, que desde cedo escuta o pai tocando o bom samba. Apresentador do “Samba na Gamboa”, programa que é exibido na TVE, o cantor e compositor está se acostumando a ver o público aumentar a cada um de seus shows. Atualmente Diogo Nogueira trabalha com o disco “Tô fazendo a minha parte”, para os amantes do samba, uma ótima pedida!
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