Bem-vinda, Priscilla!
Já que o Bruno nos deixou, temos uma foquinha nova aqui na coluna. Leitores (beijo, mãe!), conheçam hoje a Priscilla Franco. Ela tem 24 anos e vai casar (sorry, boys!). Virginiana, vai acompanhar a gente a partir desta semana. Se não gostarem dela, os xingamentos podem ser enviados para osfocas@avozdaserra.com.br
A culpa é do Fidel
Amine Silvares
Mesmo sendo cinéfila, não é sempre que vejo um filme que me encanta a ponto de me fazer querer escrever algo sobre ele. Uma dessas raras exceções é o longa “A culpa é do Fidel”, de Julie Gavras, filha do cineasta Costa-Gavras. A vida da pequena Anna, de apenas nove anos, sofre uma grande reviravolta com a morte de seu tio na Espanha franquista. Após acolher uma tia e uma prima em casa, seus pais, Marie e Fernando, decidem lutar pelos ideais comunistas.
O filme se passa na França, no começo da década de 70, quando Salvador Allende tentava se eleger presidente do Chile e Franco caçava seus opositores na Espanha. Toda a rotina da família de la Mesa muda completamente. Os pais viajam para o Chile e, quando voltam, deixam seus empregos formais e começam a trabalhar em causas comunistas. A família se muda de uma enorme casa com um grande jardim para um pequeno apartamento e a babá Filomena, que saiu de Cuba fugida do regime de Fidel Castro, é demitida e substituída por uma série de ajudantes vindas refugiadas de outros países com regimes opressores.
Tudo isso causa uma grande confusão na vida de Anna. A garotinha pressiona os pais para que seja mantida no colégio católico, mas eles aceitam com a condição de que ela não frequente mais as aulas de catecismo. Estranhos “barbudos” e mulheres chorosas passam o dia entrando e saindo de sua casa, enquanto seus pais estão nas ruas. As mudanças também afetam o casamento de Marie e Fernando, que lutam para compreender melhor os ideais comunistas e adotar práticas condizentes com seu novo estilo de vida.
No entanto, talvez o que mais tenha gostado no filme seja o final. Não vou contar o que acontece, mas é muito bonito ver que a menininha cresce aos nossos olhos, mesmo sabendo que é apenas uma obra de ficção. A jovem atriz Nina Kervel-Bey, que interpreta Anna, dá um show. Não deve ter sido indicada ao Oscar de Melhor Atriz pelo tema da produção, mas que ela carrega o filme muito bem, é verdade. Mas acima de tudo, acho que o principal mérito do filme é fazer notar que vivemos presos numa realidade cheia de privilégios e nem notamos que quem está do nosso lado precisa de ajuda.
LEMBRA DISSO?
Priscilla Franco
Em uma época em que os seriados norte-americanos estão em alta, vem à memória uma garotinha muito sapeca, divertida e sardentinha. Era impossível resistir se, em uma troca despretensiosa de canal, descobria um capítulo de Punky, a Levada da Breca reprisando no SBT. A emissora infelizmente nunca exibiu os 88 episódios protagonizados pela atriz Soleil Moonfrye, e filmados durante os anos de 1984 e 1988. Por isso a história permanece até hoje aguardando um final feliz no imaginário de seus fãs brasileiros.
Revezando momentos hilários com cenas dramáticas, Punky (ou Penélope Brewster) é uma menina de sete anos adotada pelo ranzinza Arthur Bicudo (George Gaynes), após se perder da mãe, misteriosamente, e procurar abrigo em um prédio em Chicago. A menina vai aos poucos amolecendo o coração do solitário fotógrafo aposentado, e encontra nele um refúgio para suas traquinagens, sempre com um desfecho educativo.
A versão em desenho, igualmente irresistível, traz os mesmos personagens do seriado, entre eles o cachorro Pink e os amigos Cátia Johnson, Margot e Júnior Anderson. Na animação, a menina ganha ainda um divertido companheiro extraterrestre, Glomer, que faz mágicas atrapalhadas causando muita confusão.
Muitos se perguntam sobre o paradeiro da menina prodígio, Soleil Moonfrye. Aos trinta e três anos ela já não possui aquele olhar inocente que conquistou milhares de fãs. Ainda atriz, fazendo pequenas aparições em outros seriados, Soleil é casada e tem uma bela família. Recentemente lançou um ensaio sensual em que prova, definitivamente, que mesmo as meninas mais doces um dia crescem.
LI, VI E OUVI
Leonardo Lima
Li: a revista Fut! deste mês. Nesta edição, a publicação traz ótimas reportagens, como a que mostra que cada vez mais filhos de jogadores seguem os passos dos pais e também se tornam atletas profissionais. Este mês, a revista também tentou decifrar os segredos que fazem do Santos um dos maiores formadores de craques do país. Outra matéria interessante mostra que a violência nos estádios tem, muitas vezes, motivos que vão além do futebol em si. A edição 33 da Fut! já está nas bancas.
Vi: Pela enésima vez o filme Estômago, do diretor Marcos Jorge. A produção nacional conta a trajetória de Raimundo Nonato em dois momentos. Em um mostra sua vida como ajudante de uma lanchonete e, no outro, sua vida na prisão. Mas o que ele fez para ser preso? Um filme simples com uma história interessante e surpreendente. 113 minutos. 16 ANOS
Ouvi: O CD Flores da Serra, do friburguense Arnaldo Luis Miranda. O trabalho é o resultado do encontro do poeta com artistas e músicos de Nova Friburgo, como a cantora Jozi Lucka, o violonista Rodrigo Garcia e o cantor e compositor Cláudio Nucci. O disco é composto de 13 músicas em um repertório que vai do pop-rock a composições acústicas, na linha da MPB. Arranjos de Estevão Andrade, Giovanni Bizzotto, Ney Velloso, Rodrigo Garcia e Tiquinho Santos.
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