Os Focas - 18/02/2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Os Focas - 18/02/2012
Os Focas - 18/02/2012

E não é uma boa proposta?

O melhor deste verão não é o calor após muitos meses de frio. O melhor é que as mesmas pessoas que enchiam o saco falando mal do frio agora quebram a cara com esse calor que parece vir dos cascos do capeta. De que adianta o verão, esse calor, esse sol, se a gente tem que trabalhar, não é mesmo? Num mundo ideal, as pessoas só trabalhariam nos dias em que o clima não fosse extremo, nem muito quente, nem muito frio. Mas, aí, acho que ninguém trabalharia em Nova Friburgo. Até que num seria má ideia hahahahaha!

Ilustrador friburguense lança seu trabalho

em diversos países sem precisar sair de casa

Leonardo Lima

Desde a infância Guilherme Marconi se interessou pelo mundo da ilustração. Anos mais tarde, fez um curso técnico de informática e começou a trabalhar como webdesigner em uma agência da cidade. “Durante seis meses fiz editorial para a Abril e há oito anos procurei uma agência de ilustração, a Art Pimp, que me agencia até hoje”, diz. E o seu primeiro trabalho nessa empreitada não poderia ter sido melhor: uma campanha da Nokia América Latina. “Dei muita sorte em conseguir logo de cara algo desse porte. Houve uma concorrência de agências para ver quem ia pegar esse serviço e felizmente deu tudo certo”, comenta.

A partir daí surgiram diversos trabalhos para clientes como Banco do Brasil, Itaú e Hawaianas. Internacionalmente, realizou trabalhos para Microsoft, Mazda, Nike e Absolut Vodka. Este último, aliás, foi o que inaugurou seu novo estilo de desenhos, que faz relembrar o clássico “Onde está Wally?”. “Estava cansado do estilo de trabalho dos desenhos antigos. Sempre gostei de tumulto, muvuca e tentei passar isso para o papel. Mostrei para o diretor de arte da campanha da Absolut, ele comprou a ideia e liberou o trabalho”, explica o ilustrador.

Se por um lado sua agenda é bastante movimentada, por outro Guilherme tem a possibilidade de realizar seu trabalho no ambiente que mais gosta: sua própria casa. “Aonde vou as pessoas me perguntam se eu ainda moro em Nova Friburgo. Sim, sempre morei aqui. Não pretendo sair, embora eu já tenha recebido propostas para me mudar até para outros países”, revela. Apaixonado por desenhos animados, ele conta que nunca demonstrou muita afinidade com a sala de aula. “Terminei o ensino médio e decidi não fazer faculdade. Apenas resolvi estudar por conta própria um pouco sobre história da arte e, como minha esposa é psicóloga, li alguns livros dela sobre guestalt e teoria das cores”, explica.

No entanto, de acordo com ele, a pouca bagagem teórica não influencia em sua profissão. “Se eu trabalhasse dentro de uma agência de publicidade em si acredito que faria falta sim, mas como meu trabalho é mais artístico, não. Me procuram apenas por causa do meu estilo de desenhar”, acredita. Mais informações sobre o trabalho do ilustrador podem ser adquiridas no site www.marconi.nu.

FRASE DA SEMANA

“Sempre que tem encontro de chefes de Estado eu fico com aquela sensação de que vai sobrar pra mim.” - @bomdiaporque

LEMBRA DISSO?

Amine Silvares

Os estúdios Hanna-Barbera são responsáveis por alguns dos desenhos mais marcantes da minha infância. Um dos que eu achava mais legal era “Os Impossíveis”, com os super-heróis Homem-Mola, o Multi-Homem e o Homem-Fluido. A série foi produzida na década de 60, assim como a maioria dos grandes sucessos do estúdio, e narrava as aventuras de uma banda de rock, inspirada nos Beatles.

Na verdade, o desenho começou com o nome The Incredibles, Os Incríveis, e os primeiros desenhos foram exibidos com esse título, mas logo foi mudado. Ao todo, foram feitos apenas 36 episódios que acabaram sendo transformados em histórias em quadrinhos no fim da década de 60. Essas historinhas também foram publicadas no Brasil.

Os personagens vestiam roupas típicas que as bandas de rock da época usavam, os mesmos penteados e cantavam uma musiquinha bem pegajosa. A principal influência dos desenhistas foram os Beatles. Para enfrentar os vilões da época, a banda se transformava num grupo de super-heróis, com seu palco se transformando num carro voador, o Impossicar. Eles também gritavam “Vamos nós!” antes de combater o crime.

O líder do trio era o Homem-Fluido, que podia se transformar em líquido para passar por lugares estreitos. O Homem-Mola era um baixinho gordinho que transformava seus braços e pernas em molas. O Multi-Homem tinha cabelo cobrindo os olhos muito antes dos emos e conseguia criar várias cópias de si mesmo. Seu bordão era “Você pegou todos, menos o original”. O chefe dos heróis era Big D, que sempre os chamava para combater o crime através de um visor na guitarra do Homem-Mola. Já faz alguns anos que o desenho não é transmitido no Brasil.

LI, VI E OUVI

Priscilla Franco

Li: Os primeiros capítulos de “A Resposta”, de Kathryn Stockett, romance que deu origem ao filme “Histórias Cruzadas”. No ano em que a maioria dos indicados ao Oscar de melhor filme veio de roteiros adaptados da literatura, resolvi não esperar para conhecer suas histórias no cinema. O livro fala sobre o Mississippi racista dos anos 60, e sobre três mulheres que resolveram tomar uma atitude a respeito. O próximo da fila é “A Invenção de Hugo Cabret”.

Vi: O bloco de carnaval mais tradicional do Rio de Janeiro antecipar o clima de folia em Nova Friburgo. Em apresentação na Choperia Mais 1, ritmistas do Cordão da Bola Preta subiram a serra trazendo as mesmas marchinhas que arrastaram dois milhões de foliões pela Avenida Rio Branco no último ano. O bloco existe desde 1918 e é o último remanescente dos cordões, que já serviram como uma forma de protesto.

Ouvi: Sempre ouço o comentarista esportivo Vinicius Gastin, durante o Show do Pedro Osmar na rádio Nova Friburgo AM. Com o princípio do Campeonato Carioca e a estreia dos times brasileiros na disputa pela Taça Libertadores da América, ficam ainda mais imprescindíveis os comentários de Gastin. Ele traz ainda informações em primeira mão sobre o Friburguense Atlético Clube, que este ano está de volta à primeira divisão do estadual.

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