Léo é que navega, mas a gente é que viaja mesmo!
Léo Lima saiu de férias (obrigada, Senhor!). Ele foi curtir o calor das praias nordestinas a bordo do iate que comprou fazendo uns bicos vendendo bala no sinal. Um investidor esse menino! Ele fica apenas um mês fora, mas será o suficiente para fazer um tour pelo litoral brasileiro. Enquanto isso, Juliana Scarini dá um força (isto porque, o senhor João Clemente também parece ter saído de férias). Valeu, Ju!
NOTA DA (MESOPOTÂMICA) EDITORA: Todo mundo enrola pra caramba pra escrever esta coluna, e Amine Silvares é a enroladora máxima, por isso fica aí distribuindo a culpa, sabe como é trabalhar em equipe hehehehe. A única pessoa confiável neste jornal sou eu, é só não confiar demais... Amém? Ass: AnJinha, a Pedretti!
Medalha de ouro
Priscilla Franco
Procuro por “pódio” no dicionário, e a definição que ele me dá é de um lugar destinado aos vencedores. A palavra deveria definir os degraus ser onde se sagram os campeões de uma determinada modalidade esportiva. Lugar onde o esforço e o mérito se transformam em reconhecimento e medalhas. Bem diferente da impressão que tive ao observar, nos jogos olímpicos, os competidores que estavam logo abaixo do primeiro colocado: “os vice-campeões são os primeiros derrotados”, disse a sabedoria popular.
Poxa, estamos falando em Olimpíadas! Ser medalhista de prata em competições deste nível deveria significar ser o segundo melhor do mundo! Mas o problema está justamente aí: no mundo. Um mundo que não aceita a derrota, que é avesso às frustrações, que despreza o fracasso. Aplicado assim, ao esporte, esse pensamento ganha uma forma, mas a análise se estende a toda e qualquer situação experimentada pelo homem. Não nos conformamos em sermos bons, queremos ser reconhecidos como os melhores.
Claro que a vitória é o objetivo de quem compete, é a consagração do bom competidor. Vencer se torna menos saudável quando a gana por uma medalha, promoção, ou destaque nos impede de reconhecer o mérito alheio. Isso se exemplifica nos apelos aos juízes, nas infrações das regras, no querer ganhar a qualquer custo. No cotidiano vem em forma de inveja, maledicência e puxadas de tapetes.
Se há algo a ser superado, tanto no esporte quanto na vida, são as nossas próprias capacidades, nossos próprios limites. Admiro o esportista que bateu o próprio recorde, aquele que continua treinando, exaustivamente, ainda que não haja a menor possibilidade de um dia ter a medalha de ouro no peito. Esses mereciam o lugar principal no pódio, não para serem exibidos como superiores, mas para serem destacados como exemplos. Mas, ainda que não estejam lá, são eles os verdadeiros campeões.
MINUTO ESPORTIVO
Leonardo Lima
O Brasil encerrou sua participação nas Olimpíadas de Londres com o maior número de medalhas conquistadas em uma única edição dos Jogos. Porém, o resultado obtido pelos atletas brasileiros é bastante questionado pela mídia e, principalmente, pelos torcedores. As 17 medalhas deste ano – três de ouro, cinco de prata e nove de bronze – garantiram ao país a 22ª colocação no ranking geral e superaram a marca obtida há quatro anos, em Pequim, de 15 medalhas – três de ouro, quatro de prata e oito de bronze.
No entanto, afirmar que o Brasil teve sucesso nestas Olimpíadas é bastante relativo. Ao mesmo tempo que surgiram surpresas para o grande público, como o ginasta Arthur Zanetti (ouro nas argolas) e a judoca Sarah Menezes (vencedora da categoria da peso-ligeiro), também existiram decepções. A maior delas talvez tenha sido César Cielo. Grande favorito na prova dos 50 metros livre, o nadador terminou apenas com o bronze. Na natação, aliás, o brasileiro que se deu melhor foi Thiago Pereira, prata nos 400 metros medley.
O judô, embora também tenha conquistado o maior número de medalhas em uma única edição, deixou uma sensação que poderia ter ido melhor. Alguns judocas eram apontados como favoritos a uma medalha, como Tiago Camilo, porém não corresponderam. No atletismo, com os fracos desempenhos de Maurren Maggi e Fabiana Murer, o Brasil fez apenas figuração. Diego Hipóito foi outro que, mais uma vez na hora de crescer, sucumbiu à pressão e não correspondeu às expectativas.
Nos esportes coletivos destaque para o vôlei. No de quadra, o feminino fez um torneio de superação. Após um início bastante irregular cresceu ao longo da competição e chegou ao bicampeonato. Já o masculino ficou novamente com o vice. Nas areias um bronze, com Juliana e Larissa, e uma prata, com Alison e Emanuel. No basquete, uma péssima campanha das mulheres e uma eliminação nas quartas de final dos homens. E o futebol? Enquanto Marta e Cia. mostraram que é preciso renovação, a seleção de Mano Menezes ficou no quase. O sonhado ouro olímpico foi adiado para 2016. Que as confederações, os governantes e o empresariado possam ter tirado lições para que daqui a quatro anos possamos afirmar, sem dúvidas: o Brasil foi um sucesso nessas Olimpíadas.
LEMBRA DISSO?
Amine Silvares
A ansiedade de aguardar um novo clipe do Michael Jackson era uma parte legal da minha infância. Depois dos sucessos de “Billie Jean” e “Beat It”, o cantor contratou o diretor John Landis para dirigir “Thriller”. Com mais de 13 minutos de duração, o clipe se tornou um enorme sucesso, provavelmente o mais legal já feito. Com “Smooth Criminal” o rei do pop mostrou mais um passo de dança que todo mundo tenta imitar desde então: aquela inclinadinha sem cair.
Os clipes de 10 minutos de duração nunca decepcionavam. Apesar de morrer de medo de “Thriller”, ver o incrível “Black or White”, com todos aqueles efeitos inovadores para a época foi marcante. As mudanças de cenário, as danças e a finalização com a mutação dos atores criaram um espetáculo inédito (e bastante impressionante para uma criança). A música é uma resposta às críticas que o cantor sofria por ter, supostamente, clareado sua pele. Mais tarde, ele assumiria sofrer de vitiligo e ter passado anos usando uma maquiagem mais escura para esconder a doença.
O álbum “Dangerous” de 1991, que continha “Black or White”, rendeu ainda outro grande clipe e outro grande sucesso pro Rei do Pop. “Remember The Time” se passava no Egito antigo e contava com as participações de Eddie Murphy, interpretando um faraó, a modelo Iman, fazendo o papel de uma rainha, além do jogador de basquete Magic Johnson.
Além dos ótimos efeitos, cenários belíssimos e figurino impecável, as coreografias eram sempre fantásticas. Que Michael era um ótimo dançarino, todos sabiam, mas ele sempre vinha acompanhado de um bem coreografado grupo de bailarinos que se destacavam em seus clipes e shows.
Não satisfeito com “Black or White” e “Remember The Time”, Michael se uniu a sua irmã mais famosa, Janet, para lancer o clipe mais caro da história: “Scream”. A música fazia parte do CD “HIStory”, que trazia ainda a canção “They Don’t Care About Us”, que teve clipe gravado no Brasil, em Salvador, com a participação especial do Olodum.
Depois de anos tumultuados, em 2001 o cantor gravou o CD “Invincible” e lançou “You Rock My World”, que ganhou um vídeo de mais de 13 minutos. Como a música não foi a escolhida por Jackson como single, ele se recusou a participar da divulgação do disco. Michael morreu no dia 25 de junho de 2009 de uma parada cardíaca antes de finalizar um novo álbum e fazer sua última turnê “This is It”.
LER, VER, OUVIR
Juliana Scarini
Vi o filme “Intocáveis” e saí do cinema pensando nas dificuldades que criamos para nossa vida diante de coisas tão simples. Baseado numa história real, Philippe (François Cluzet) é um homem rico que fica paraplégico após sofrer um grave acidente. Ele resolve contratar Driss (Omar Sy), que acaba de sair da prisão e aos poucos aprende a função de cuidar e “ser os braços e as pernas” de Philippe. Num misto de drama e humor, a história faz pensar na relação de dependência que temos do outro e que o outro tem de nós.
Li: O Mc Donald’s vai abrir lanchonetes vegetarianas na Índia. Num país onde a vaca é sagrada e comer carne é cercada de tabus, a rede de fast-food está “inovando” e oferecerá um cardápio com opções de frango e vegetariano. As duas lanchonetes ficarão nas cidades de Amritsar e Katra. Porém, estas escolhas foram muito bem pensadas, já que em Amritsar fica o Templo Dourado, o local mais sagrado da fé sikh. Katra é um importante ponto de parada para peregrinos que estão visitando a montanha que abriga o templo de Vaisho Devi, o segundo local de maior peregrinação da Índia. O Mc Donald’s existe na índia desde 1996 e o cardápio oferecia hambúrguer de carneiro, mas, a consistência que se comparava à um chiclete não agradou aos indianos.
Ouvi: O novo CD da Marisa Monte intitulado “O que você quer saber de verdade”. Entre as 14 faixas da obra, duas estão fazendo sucesso nas novelas da Globo: “Depois” e “Ainda bem”, esta última teve seu videoclipe visualizado mais de sete milhões de vezes. Além de linda e sem fugir do estilo romântico da cantora, o clipe da música ganhou a participação especial do lutador brasileiro Anderson Silva, que mostra suas habilidades para o tango. No mais, vale a pena conferir o novo CD, com destaque para a faixa-título.
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