Os Focas - 10/03/2012

sexta-feira, 09 de março de 2012
por Jornal A Voz da Serra

A gente não quer só arte: a gente quer chocolate!

Cadê as águas de março pra fechar esse verão? Aí vem a Páscoa e nós não queremos comer chocolate derretido. Aliás, tem um ovo da Kit Kat, coisa mais linda desse mundo, que quem quiser pode doar pra gente. Se não tiver tempo de comprar o ovo ou se você não quiser sair de casa, pode fazer uma doação por internet. Os interessados podem mandar e-mail para osfocas@avozdaserra.com.br que a gente responde com muito prazer. Toda doação é bem-vinda.

O talento e a arte da Família Clou

Leonardo Lima

Formada pelo casal Dalmo Latini e Talita Melone e pelos filhos Isabela e Ian, a Família Clou desenvolve diversos espetáculos circenses desde 2003. Entre os muitos festivais que participaram estão encontros como Anjos do Picadeiro, em 2006, na Bahia; Projeto Circunferência, Cambalhota e Tenda das Artes, no Rio de Janeiro; além de edições do Festival de Inverno, em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. “Estamos buscando sempre o aperfeiçoamento contínuo de nosso trabalho, através de trocas de experiências da arte do palhaço. Com o espetáculo ‘O menor circo do mundo’ somos pioneiros na linguagem do clown e circo em Nova Friburgo e na região”, orgulha-se Talita.

O gosto pela quinta arte sempre acompanhou o casal, que decidiu ingressar neste ramo há oito anos. “Participamos do projeto Teatro de Anônimos e gostamos bastante. Fizemos contato com muitos profissionais desta área e fomos para o Rio de Janeiro estudar”, recorda Dalmo. Há alguns anos, a Família recebeu da Funarte o Prêmio Carequinha de Estímulo ao Circo, na categoria Trupes e Grupos. Os friburguenses foram selecionados entre participantes de todo o país. “Essa premiação é voltada para grupos circenses e circos de pano de roda, que contemplam projetos de criação ou renovação de espetáculos e circulação do repertório”, recorda Talita.

Segundo Dalmo Latini, o prêmio possibilitou à Família Clou na época a reestruturação e reformulação do espetáculo, através da aquisição de novos materiais e estrutura. “Com parte do dinheiro que ganhamos podemos realizar novos investimentos. Trocamos a estrutura de madeira, por exemplo, por uma mais prática, e adquirimos novos figurinos e cenografia. Além disso, contratamos o diretor João Carlos Artigos, do Teatro de Anônimos”, explica Dalmo. Quem quiser obter mais informações sobre a trajetória do grupo pode acessar os sites www.trupefamiliaclou.blogspot.com.

FRASE DA SEMANA

“Achar que podemos deixar alguém nos restringir parcialmente a liberdade é igual a achar que podemos perder parcialmente a virgindade.”

Millôr Fernandes

LEMBRA DISSO?

Amine Silvares

A Nestlé fez alguns dos doces que mais marcaram a infância de muita gente. Do chocolate Surpresa, que vinha com figurinhas, passando pelo Lollo, que hoje é Milkybar, até aqueles caramelos incríveis que grudavam no céu da boca, a empresa foi responsável por muitas cáries.

O chocolate Surpresa surgiu na França e veio para o Brasil em 1983. Junto com o chocolate, vinham figurinhas colecionáveis com diversos temas, geralmente sobre a natureza. Junto com as figurinhas, também vinham informações sobre o animal, planta ou local da foto. Os fãs ainda podiam enviar embalagens à Nestlé para pedir um álbum e completar uma coleção de 30 imagens. O chocolate deixou de ser produzido em 2000.

Já o Lollo ainda existe, mas com outro nome. Lançado originalmente em 1982, virou Milkybar dez anos depois. A embalagem azul não mudou, mas a vaquinha que segurava flores com a boca saiu e deu lugar a uma barrinha de chocolate com rosto e membros. A guloseima tem recheio de leite maltado e já gerou versões ball, barra branca com cookies e passas, além de ovos de páscoa. Nem todas essas novidades foram lançadas no Brasil.

Mas, provavelmente a maior reclamação dos aficionados por doces seja a ausência dos caramelos Nestlé no mercado. A clássica embalagem preta e dourada é pop. Os caramelos vinham embalados separadamente e eram mastigáveis. Ainda era possível escolher entre os sabores leite, chocolate e coco.

Pra tentar suprir a nossa carência, a Nestlé nos fez o favor de lançar Kit Kat no Brasil. O doce foi criado na Inglaterra e nos Estados Unidos quem produz é a Hershey’s (que faz um chocolate melhor do que o da Nestlé, diga-se de passagem). Cada barra é tem três camadas de biscoito waffer e coberta por uma camada externa de chocolate. Mas eu ainda quero os meus caramelos de volta.

LI, VI E OUVI

Priscilla Franco

Li: Leio sempre o blog Autores S/A, criado em 2009 por alunos friburguenses do curso de Letras. Ele reúne poesias, crônicas e contos inspiradíssimos. No último ano foi realizado, inclusive, um concurso de poesias, com grande sucesso de participação. O resultado foi uma coletânea de versos deliciosos, de poetas de diferentes faixas etárias e bagagens culturais. Para conferir acesse www.autoressa.blogspot.com.

Vi: Vi e me encantei pelo vencedor do Oscar 2012 na categoria curta-metragem de animação, “The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore”. Dirigido por William Joyce e Brandon Oldenburg, ele foi inspirado pela passagem devastadora do furacão Katrina, pelo ator e diretor de comédias mudas Buster Keaton, e pela magia de “O Mágico de Oz”. Os “fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore” é uma belíssima metáfora sobre pessoas que dedicam sua vida aos livros e que se sentem recompensadas por eles.

Ouvi: A música “Man or Muppet”, tema do filme “Os Muppets”, foi vencedora do Oscar de Melhor Canção Original neste ano. Com meus ouvidos leigos e uma pequena dose de dor de cotovelo, posso afirmar que foi cometida uma grande injustiça com “Real in Rio”, sua única concorrente, que contava com a participação de Carlinhos Brown e Sergio Mendes na composição. A música criada para a animação “Rio” representou para o Brasil a maior chance de trazer uma das cobiçadas estatuetas para casa. Pena que não foi desta vez!

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