Os Focas - 04/08/2012

osfocas@avozdaserra.com.br
sexta-feira, 03 de agosto de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Os Focas - 04/08/2012
Os Focas - 04/08/2012

Autopromoção: você também vê por aqui!

Pessoas que usam a coluna para se promover (ou a seus projetos): temos. Fazer o quê? Bom, já que agora pode, a Priscilla ainda precisa de doações para a casa nova, a Amine está fazendo negociações para comprar um laptop decente e o Léo Lima continua buscando por sua dignidade, que infelizmente não tem pra vender. Doações e negociações a tratar pelo e-mail osfocas@avozdaserra.com.br.

O celular e eu

Priscilla Franco

O corpo humano é formado de alguns trilhões de células, e pelo menos um celular. Menos meu avô, que resistiu bravamente aos apelos da tecnologia. Quase não consigo me recordar como era a vida antes da invenção deste maravilhoso gadget. Mas das poucas lembranças que tenho, a Terra era um lugar quase sombrio e inóspito. Naquela época as pessoas desapareciam, marcavam compromissos e não cumpriam. E, pasmem: programavam seus relógios para despertar!

Sair de casa exige todo um ritual. É preciso conferir se não foram esquecidas as chaves, carteira, guarda-chuva, protetor solar, batom, bloco de papel, caneta esferográfica e, é claro, o celular. Podem diminuir alguns desses itens se você não for mulher, e mais alguns se não for jornalista. Menos o celular, é claro. Esse não pode faltar. A impressão é de que se estamos sem ele podemos nos perder, ficar sem alguma informação importante. Ainda que não queiramos ser incomodados—neste caso ele estará desligado, ou sem volume de toque—mesmo assim permanecerá por perto, companheiro, fiel e cúmplice, em silêncio.

Imagino que ele seja responsabilizado por um fenômeno muito importante: a queda no número de bolos. Se antigamente as pessoas furavam um encontro por mero esquecimento, hoje podem informar em tempo real a distância que estão, relatando seu deslocamento até finalmente chegar ao lugar marcado. Ele ainda ajuda seres humanos a se tornarem criaturas mais pontuais, já que mesmo os modelos mais antigos possuem seu próprio despertador.

E para fazer desses aparelhinhos definitivamente os melhores amigos do homem, foram inventados os smartphones, que reúnem quase tudo o que nós precisamos (e até o que não utilizamos) em poucos centímetros quadrados. Diante de tanta inovação tecnológica, fica para mim uma preocupação: o que serão dos restaurantes quando surgir um aplicativo que faça comida?

MINUTO ESPORTIVO

Leonardo Lima

Há 18 anos, os brasileiros perdiam um de seus maiores ídolos. Além de um exímio esportista, Ayrton Senna da Silva possuía garra e dedicação capazes de contagiar uma nação. Mesmo após quase duas décadas do acidente ocorrido na curva Tamburello, no GP de Ímola, na Itália, o legado de Senna deixa saudosos fãs até hoje. Um deles é o colecionador Rogério Albertini. Figura conhecida em Nova Friburgo pelas exposições que realiza, ele não esconde sua admiração pelo piloto tricampeão mundial de Fórmula 1. “Acompanhei o Senna desde o primeiro treino que ele fez na Wiliams, em 1982. Ele tinha uma determinação e uma vontade de vencer impressionante. Quem não acordava no domingo de manhã para ver suas corridas?”, indaga Rogério.

Após essa “paixão à primeira vista”, consequentemente, tudo quanto é objeto alusivo a Ayrton Senna passou a integrar a vasta coleção do friburguense. Em seu acervo, Rogério possui tantos itens sobre o piloto que não sabe nem ao certo quantos são. Vídeos, livros, selos, cartões telefônicos, cards, autorama, jogos de videogame, camisas, bonés, miniaturas, disco com o famoso “Tema da Vitória” e até mesmo uma cópia do atestado de óbito do piloto são algumas das peças que compõem a coleção. “Esse atestado eu consegui com um rapaz que visitou uma exposição que eu fiz em 2004, dez anos após a morte do Senna”, recorda.

Entre as lembranças mais marcantes de Rogério estão a vitória do brasileiro no GP de Detroit, nos Estados Unidos, e no de Interlagos, em São Paulo, em 1991. “Nessa corrida de Detroit, o Brasil havia acabado de ser eliminado pela França na Copa do Mundo. O país estava muito triste e o Senna além de vencer, foi ao pódio enrolado na bandeira brasileira. Aquilo foi muito marcante, assim como essa vitória de Interlagos. Ele nunca havia vencido no Brasil, era o seu sonho. Nessa corrida ele ficou apenas com a sexta marcha nas últimas dez voltas e mesmo assim conseguiu chegar em primeiro”, recorda Rogério, que possui todos estes momentos eternizados em fitas VHS.

E quem quiser conhecer um pouco mais sobre as coleções de Rogério Albertini pode acompanhar o programa “Direto do Túnel do Tempo”, que ela apresenta na Rádio Nova Friburgo AM (660 kHz), todo sábado, a partir das 16h.

LEMBRA DISSO?

Amine Silvares

Lembra quando a axé music não era sobre bundas, requebrados e rebolados? Não, né? A gente tem a impressão de que sempre foi assim, mas isso não é verdade. Não me entendam mal, dancei, não nego, apago qualquer imagem que houver, no entanto, houve um tempo, no longínquo final dos anos 80, começo dos anos 90, em que nem tudo era botar a mãe no joelho, dar uma abaixadinha e balançar a bundinha.

Um dos maiores expoentes nacionais do axé é Daniela Mercury e isso se deve bastante ao seu segundo álbum “O canto da cidade”, lançado em 1992. Com doze canções, o disco rendeu quatro grandes sucessos “O canto da cidade”, “O mais belo dos belos”, “Você não entende nada” e “Batuque”. O sucesso foi tão grande que a obra acabou sendo lançada no Canadá, Estados Unidos e México.

Daniela começou sua carreira na Banda Eva, a mesma que lançou a Ivete Sangalo e também cantou com o grupo Cheiro de Amor, apoio de Gilberto Gil. Lançou seu primeiro trabalho solo, que leva seu nome, que tinha o sucesso “Swing da Cor”.

Em 2008, Daniela lançou um box comemorativo com CD e DVD de “O Canto da Cidade” pelos 15 anos da obra, além de um especial de fim de ano na Globo. Ela deu uma sumida da grande mídia nos últimos anos, mas a gente tem Ivetinha e Claudinha pra suprir a nossa carência por divas axezeiras.

LER, VER, OUVIR

João Clemente

Ler: Sei que muita gente vai chiar—e talvez Carlos Emerson Junior fique decepcionado comigo (a julgar pela sua crônica da semana passada)—mas recomendo mesmo assim a leitura de “O Símbolo Perdido”, de Dan Brown, autor também do controverso best-seller “O Código Da Vinci”. A leitura é divertidíssima e compulsiva—Brown tem a manha de fazer você ler “só mais um capitulozinho...”, e assim, de grão em grão, é possível passar um dia inteiro lendo o maldito livro. A história é como Código da Vinci—a investigação de um mistério envolvendo segredos milenares e sociedades secretas, etc—desta vez envolvendo a maçonaria e a construção da capital dos Estados Unidos, Washington DC.

Ver: “As Filhas do Fogo” é um filme de Walter Hugo Khouri do fim dos anos 70. Além de o roteiro e direção serem excelentes (lembrando Bergman), o filme também é bastante interessante pelo seu visual—rodado em Gramado-RS, “As filhas do fogo” nos remete à lembrança de uma Nova Friburgo mais campestre, florida; à nostalgia idílica de um aspiração abandonada. No DVD que me chegou às mãos com o filme, o arquivo havia sido convertido do formato .avi, que por sua vez fora convertido de VHS, e gravado da Bandeirantes (programa Made in Brazil). Então nem preciso dizer que a qualidade da imagem é absolutamente horrível. Uma pena que uma obra-prima como essa não tenha saído ainda em DVD.

Ouvir: [Este é o motivo da piadinha lá em cima.] Eu não poderia deixar de aproveitar esse espaço aqui para divulgar a minha banda—o Bild. Entraremos em uma nova fase e antes disso resolvemos reunir em uma página—soundcloud.com/bildrocks—todas as gravações que fizemos até então, além da inédita “Stand on the Sand”, que conta com as participações especiais de Charity Freeman nos vocais e Ana Maria Carneiro na bateria.

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